O primeiro-ministro anunciou esta semana a decisão do Governo de ratificar o Tratado de Lisboa em sede parlamentar, fugindo assim aos compromissos assumidos no programa eleitoral de efectuar um referendo sobre o assunto.
Sócrates alega que essa promessa eleitoral se referia ao tratado da Constituição Europeia e não ao tratado de Lisboa. Alega que estes são bastante diferentes, e que o referendo já não seria aplicável neste novo tratado.
E Socrates insiste neste argumento, sem esclarecer as verdadeiras diferenças entre os 2 tratados, que segundo o que se dizem analistas politicos (eu não as sei), são muito poucas. Faz até entender que a diferença está na nomenclatura e não no seu conteudo.
O que salta à vista, é o medo do primeiro ministro de realizar um referendo ao povo português, nesta altura do "campeonato Europeu", onde o Engº Socrates brilha como pedras preciosas, depois de todos os botõezinhos de rosa que andou a fazer aos lideres Europeus.
Este referendo, podia ser a desgraça de Socrates. Imaginem a vergonha que seria se o Tratado de LISBOA, fosse reprovado em Portugal, país que fez nascer este tratado. Seria no minimo dos minimos embaraçoso...
E numa altura em que a imagem de Socrates entre portas não é a melhor, tudo seria possivel.
Eu na verdade concordo com o Socrates, de que seria "perigoso" fazer este referendo nesta altura.
Mas não consigo aceitar que ele não assuma em publico que MUDOU de opinião, e que agora pensa de outra forma. Não aceito que ele nos engane e que diga que não violou as promessas do programa eleitoral, porque na altura se tratava de um tratado "diferente".
O sol é muito grande para ser tapado com uma peneira, e nós não somos parvos.
Quem é capaz de nos enganar desta maneira, pode-o fazer de outras maneiras, bem piores!!! Fica o aviso que ele nos dá.
Como disse o Santana Lopes esta semana e muito bem: "O sr. primeiro ministro é fraco com os poderosos e arma-se em forte com os fracos."