Os Troca-tintas, Capitulo 1- Lição de poupança
O Governo anunciou no inicio da semana, pela voz do secretário de Estado da Segurança Social, que iria proceder ao pagamento dos rectroactivos dos aumentos extraordinários das pensões, conforme previsto na lei. A surpresa, foi o anuncio de que esse aumento iria ser pago em prestações, diluído nos 14 pagamentos previstos ao longo do ano. Nos casos em que a pensão ronda os 400 euros, o aumento seria aproximadamente de 9€, que diluído em prestações seria qualquer coisa como 0,68€ por mês.
O argumento usado pelo Sec. Estado, foi que desta forma, os pensionistas teriam um maior suporte financeiro durante todo o ano para fazer face às despesas e aumentos da àgua, luz, gás em vez de terem a quantia (que lhes pertence) toda de uma vez.
Não fossem os velhinhos esbanjar esses 9 euros logo em Janeiro!!! Ainda iam prás farmácias gastar tudo em medicamentos, esses esbanjadores! Ainda bem que temos os conselhos sábios e bondosos do governo do que fazer ao nosso próprio dinheiro. O que seria de nós sem eles?!
No dia seguinte, Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Solidariedade Social veio anunciar que afinal, era tudo ao contrário.
Afinal o Governo vai pagar tudo de uma vez, e afinal, desta maneira é que os pensionistas vão fazer face aos aumentos, diz o ministro.
Não deixa de ser estranho para mim, que num dia se argumente com tanta veemência e certeza, e que no outro dia se decida precisamente o contrário, usando o mesmo argumento.
Há coisas fantásticas, não há?
O argumento usado pelo Sec. Estado, foi que desta forma, os pensionistas teriam um maior suporte financeiro durante todo o ano para fazer face às despesas e aumentos da àgua, luz, gás em vez de terem a quantia (que lhes pertence) toda de uma vez.
Não fossem os velhinhos esbanjar esses 9 euros logo em Janeiro!!! Ainda iam prás farmácias gastar tudo em medicamentos, esses esbanjadores! Ainda bem que temos os conselhos sábios e bondosos do governo do que fazer ao nosso próprio dinheiro. O que seria de nós sem eles?!
No dia seguinte, Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Solidariedade Social veio anunciar que afinal, era tudo ao contrário.
Afinal o Governo vai pagar tudo de uma vez, e afinal, desta maneira é que os pensionistas vão fazer face aos aumentos, diz o ministro.
Não deixa de ser estranho para mim, que num dia se argumente com tanta veemência e certeza, e que no outro dia se decida precisamente o contrário, usando o mesmo argumento.
Há coisas fantásticas, não há?
obrado por Anónimo @ quinta-feira, janeiro 10, 2008
2 Comments:
At 9:46 da manhã,
Catarina said…
Também gostei desta:
http://dn.sapo.pt/2008/01/11/dnbolsa/governo_corta_056_pensoes_atribuidas.html
At 9:52 da manhã,
Catarina said…
ah, mas espera, este é o cómico da situação:
"Nalguns casos, a bonificação ganha por trabalhar um mês para além do tempo previsto é suficiente para anular o efeito do factor de sustentabilidade, que se faria sentir na pensão durante o resto da vida. É o caso de um trabalhador que, aos 65 anos, tenha descontado entre 35 e 39 anos e que é bonificado em 0,65 por cento por adiar em 30 dias a passagem à reforma (ver tabela Taxa de Bonificação Mensal).
Noutras situações, como quando aos 65 anos tiver uma carreira contributiva inferior a 25 anos, a bonificação de 0,33 por cento por mês de trabalho será este ano insuficiente para anular os 0,56 da penalização. Para não ver a pensão reduzida, esse beneficiário terá que trabalhar não um mas quase dois meses a mais. "
in publico, 11/01/2008
Ou seja, vão baixar o valor da reforma para quem a pedir a partir deste ano. No entanto, se trabalhares, por exemplo, mais um mes além do prevista, FICA TUDO BEM:)))))
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