Caga Sentenças

Todo o Português caga a sua sentença. Neste espaço venho deixar a minha poia.

segunda-feira, julho 27, 2009

Festival JOTA


Este ano, a oferta de festivais está a ser mais abundante do que nunca.

A comunidade cristã resolveu fazer também o seu festival, um pouco contra a corrente de festivais do DEMO que continuam a aparecer e promoveu o festival JOTA, o festival da oração e segundo a organização, o festival do RUMO CERTO.
O Caga-Sentenças fez a reportagem:

"O RUMO CERTO DO FESTIVAL JOTA 2009 REUNIU EM AVEIRO 1800 PESSOAS NA GRANDE FESTA DA MÚSICA CRISTÃ

Terminou ontem, em São Jacinto a 3ª edição do Festival Jota. Cerca de 1800 pessoas passaram e viveram este fim-de-semana na Aldeia Jota. (...)
O Festival culminou com uma eucaristia de domingo presidida por D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro, com destino marcado para o próximo ano na Praia do Tabuão, Paredes de Coura, diocese de Viana do Castelo. (...)
Nas manhãs da Aldeia Jota foi possível participar em orações conduzidas por carismas diferentes, aproveitar a tenda de oração permanente e terminar a noite numa ritmada Cristoteca, onde sons de música electrónica se fundem com músicas de mensagem."
Há perguntas que se impõem: Jesus apoiaria as Cristotecas se fosse vivo? Seria também ele um empresário da noite? E as musicas de mensagem, serão sobre a abstinência como combate à SIDA? Que é que vocês acham?

terça-feira, julho 21, 2009

Um Tintin actual


sábado, julho 11, 2009

Exploração- Uma história verídica.

Miguel, nome ficticio, tem um nome ficticio porque provavelmente ninguém se deve querer dar ao trabalho de lhe chamar Mikhail. O Miguel é moldavo e está em Portugal ha coisa de 4 anos. Começou a trabalhar numa fábrica de cerâmica na zona de Alcobaça, passou depois para a construção civil, e foi indicado a esta empresa onde eu o encontrei, por ser bom trabalhador, e porque era professor de mecânica na Moldávia.
O Miguel entra às 7 da manhã, e saíria supostamente às 7 da tarde, com direito a 1 hora de almoço. Na verdade, são muito raras as vezes que o Miguel sai às 19h. Quando lhe pergunto a que horas sai, responde me no seu português de leste: "Umas vez 8, 9, 10... meia noite... depende".
Esta empresa é um caso muito particular. Aqui o horário oficial é mais extenso que nas outras. Aqui definem-se 11 horas de trabalho como horário standard. Mas na verdade são sempre mais, porque a empresa nunca deixa ninguém saír enquanto o trabalho não estiver acabado.
Aqui, não há férias, não há subsidio de natal, nem subsidio de férias, nem subsidio de alimentação. E desengane-se aquele que pense que se a empresa não paga subsidio de alimentação, paga almoços. Nããã, nada disso.
O salário até é atractivo à primeira vista (pelo menos o meu), mas tudo depende de como se fazem as contas. Se formos a contabilizar os rendimentos anuais, sem os subsidios que normalmente constam numa folha de salário, chegamos ao final do ano com menos dinheiro, do que se tivessemos trabalhado com um salário menor, mas com todos os direitos assistidos.

Gostei muito de conhecer o Miguel. Estivemos a trabalhar juntos para esta empresa numa montagem de uma feira, num longo dia de 15 horas de trabalho. Fiquei a saber que a Moldávia faz fronteira com a Roménia e com a Ucrânia, e que a lingua moldava é também um cruzamento entre estas 2 culturas e que se escreve com o alfabeto romano. A bebida mais tradicional na Moldávia é o vinho, que segundo o Miguel, é melhor que em Portugal, pelo menos o vinho caseiro, diz ele. O Miguel tinha uma frase muito engraçada: "Em todo o lado há terroristas!" E é mesmo verdade.
O que eu não gostei mesmo foi de ter trabalhado as 15 horas, de estar a fazer um trabalho que não era inicialmente o que me estava atribuído, e de pactuar com esta exploração.
Obviamente que não quis continuar e comuniquei-o à gerência.
Eles tentaram dissuadir-me da minha decisão, dizendo que nos dias de hoje não era fácil encontrar uma pessoa honesta como eu, que eu devia continuar porque em pouco tempo o meu salário quase duplicaria e que preferiam ajustar-me os horários às 8 horas tradicionais do que ver me ir embora. Mas eu não consigo pactuar com uma entidade patronal que me dá 8 horas de trabalho e um bom salário, e ver que o pessoal das obras trabalha em média (!) 14 horas diárias, e são chantageados com uns trocos. Todos os funcionários desta empresa, precisam desesperadamente de dinheiro e só por essa razão é que se deixam ficar. Cometeram erros na vida que agora pagam árduamente com o seu suor, sem que nada possam fazer.
Isto já para não falar das condições em que mandam o pessoal trabalhar. Sem roupa adequada, sem ferramenta adequada, tudo velho, sujo, perigoso... o que interessa é deixar o trabalho feito, mal ou bem, para receber a quantia choruda que foi definida para o serviço.
Roubam-lhes os bolsos, roubam-lhes a vida, a familia, a dignidade e toda a réstia de amor que possa existir dentro deles.

Cá eu. não sou desses, e felizmente apercebi-me a tempo.
Assim, até eu enriquecia.
Excusado será dizer que estou novamente desempregado, mas feliz. Afinal, devolveram-me a minha vida.

sábado, julho 04, 2009

Dizem que para o amor não há idade, e para a repressão?!

Os cornos do Manel

Mandem-me este gajo para a arena, por favor. Se há ministro do actual governo que me faz aflição é o senhor Manuel Pinho.
De qualquer forma os ultimos governos do nosso país têm-me feito aflição. Talvez seja melhor mandá-los todos para a arena.

quarta-feira, julho 01, 2009

IVA