25 de Abril de 2010
Dentro de algumas horas a Praça estará cheia ou meia cheia de marinhenses para festejar mais um 25 de Abril.
Não sei até que ponto daqui a uns anos o 25 de Abril não será apenas mais uma data no calendário igual no significado a tantas outras. Sem pensar, alguém me sabe dizer o que se comemora no 1 de Dezembro? E qual é o significado para nós nos dias de hoje do próximo 5 de Outubro, em que se comemora o centenário da república?
Dentro de algumas horas vão haver os habituais discursos, o habitual hino, o habitual "Grandola Vila Morena" e, se não chover, o habitual fogo de artifício. Pelo menos é isto que prevejo, porque foi isto que eu vi desde pequeno.
Mas este ano vamos ter uma inovação! Em vez dos habituais slogans tipo "25 de Abril sempre" apareceu na fachada dos Paços do Concelho um todo novo e minimalista. Tão minimalista que quem fôr distraído não irá perceber o sentido das palavras "Abril Marinha Grande", as quais no seu conjunto nem sequer formam uma frase.
Para mim "Abril Marinha Grande" faz tanto sentido como "Abril Katmandu" ou "Setembro Bandar Seri Begawan". Seja como fôr lá estarei a cantar o "Grandola Vila Morena" e a ver o fogo de artifício. O que é a vida sem rituais?
Não sei até que ponto daqui a uns anos o 25 de Abril não será apenas mais uma data no calendário igual no significado a tantas outras. Sem pensar, alguém me sabe dizer o que se comemora no 1 de Dezembro? E qual é o significado para nós nos dias de hoje do próximo 5 de Outubro, em que se comemora o centenário da república?
Dentro de algumas horas vão haver os habituais discursos, o habitual hino, o habitual "Grandola Vila Morena" e, se não chover, o habitual fogo de artifício. Pelo menos é isto que prevejo, porque foi isto que eu vi desde pequeno.
Mas este ano vamos ter uma inovação! Em vez dos habituais slogans tipo "25 de Abril sempre" apareceu na fachada dos Paços do Concelho um todo novo e minimalista. Tão minimalista que quem fôr distraído não irá perceber o sentido das palavras "Abril Marinha Grande", as quais no seu conjunto nem sequer formam uma frase.
Para mim "Abril Marinha Grande" faz tanto sentido como "Abril Katmandu" ou "Setembro Bandar Seri Begawan". Seja como fôr lá estarei a cantar o "Grandola Vila Morena" e a ver o fogo de artifício. O que é a vida sem rituais?
5 Comments:
At 4:20 da tarde, folha seca said…
Caro ratzi
Eu já não era muito pequeno, quando comecei a ir às comemorações do 25 de Abril. talvez por isso sinto que cada vez é mais importante lá estarmos e no minimo fazer coro naquela emblemática canção "Grandola vila Morena"
De facto tem razão a tentativa de localizar o 25 de Abril com uma expressão do tipo que foi exposto. O 25 de Abril não é uma coisa localizável só na M.Grande.
Ate logo
Cumprimentos
At 7:20 da tarde, zé lérias said…
Não é só o "Abril Marinha Grande" que não faz sentido.
Aqueles cravos (se cravos são), são... cravos transexuais. Digamos em abono da verdade que, por tão debutados, mais parecem rosas. A tradição já não é o que era. Muita coisa anda invertida (sem sentido) nestes tempos confusos em que vivemos.
At 4:44 da manhã, Unknown said…
Em 1º, papa ratzi, saudo e agradeço o teu post.
Concordo em absoluto com o que dizes sobre a banalização da data e do ritual da sua celebração. Apesar disso, a Marinha Grande ainda será das poucas terras que celebra esta data com especial atenção. Se faz sentido ou não... olha, pra mim faz tanto sentido como celebrar uma passagem de ano ou um aniversário. 36 anos parecem começar a dar alguma distância à importância do 25 de abril. é só uma data, é um simbolismo, mas ao menos parece-me saudável. Nem que seja para tirar algumas pessoas de casa.
O "cravo/rosa" é muito bem observado, Zé. E de certeza que isso não é inocente.
At 3:10 da tarde, folha seca said…
No que respeita à controversa cor dos cravos, parece-me que foi uma questão do "artista" que pintou as faixas. usou pouco vermelho e um fundo demasiado branco, aliado aos holofotes para lá virados de facto o vermelho não sobressai e parece efectivamente, rosa.
O que valeu foi que os cravos verdadeiros com que a varanda estava enfeitada, atenuavam o efeito. Penso que foi defeito do "artista" que não conheço.
Cumprimentos
At 4:55 da tarde, zé lérias said…
É verdade. O artista não parece ter querido colaborar lembrando a verdadeira cor dos cravos de Abril.
É verdade que a cor da flor de Abril podia ter sido outra. Mas não foi.
E é também verdade que alguém da edilidade encomendou as faixas...
Abraço
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