Caga Sentenças

Todo o Português caga a sua sentença. Neste espaço venho deixar a minha poia.

domingo, novembro 08, 2009

O controlo POP Pentatónico

Todos nós temos preconceitos.
Um deles chama-se escala pentatónica.
Somos diariamente invadidos por ela.
Basicamente é um intervalo de sequência de notas.
A falta de paciência para ouvir música leva a isto.
Absorvemos o que nos dão.
E esperamos que nos deêm sempre o que nos deram.
Quando algo estranho diferente aparece, estranhamos.
E não ouvimos.
Há que parar e perceber até que ponto estamos a ser controlados.
Esperar por aquilo que sempre nos deram faz-me lembrar Pavlov.
Seremos todos assim ?
Será apenas na música?

World Science Festival 2009: Bobby McFerrin Demonstrates the Power of the Pentatonic Scale from World Science Festival on Vimeo.

9 Comments:

  • At 9:50 da manhã, Blogger carlos said…

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At 9:53 da manhã, Blogger carlos said…

    Estamos a ser controlados por quê? Pela nossa condição humana?
    As notas musicais e as escalas são pré conceitos, são compromissos e tentam controlar sons, não te tentam controlar a ti. A escala temperada está já no nosso inconsciente colectivo, não faz parte dum plano maior de controlar outra coisa que não sons. Tudo o que é abstracto é difícil de medir mas o ser humano tende para dominar, mesmo que em vão. As tentativas de controle vêm depois disso tudo, não culpes o coitado do Pitágoras que até era um gajo bem fixe e bem intencionado. A "propaganda" (não te esqueças que está entre aspas assim como eu não me esqueço que esta afirmação está entre parentises) é um fenómeno, que usa pré conceitos linguísticos, com códigos sejam de que natureza for. Tudo o resto é mania da perseguição. Somos humanos, reagimos a sons, desorganizados duma maneira, organizados de outra, (o conceito de harmonia entra aqui agora duma maneira muito física mas não é precico irmos tão longe) o Bobby McFerrin fez uma coisa difícil de fazer: música a contar com a intuição do ser humano de hoje. Depois de ver este vídeo chego a muitas conclusões, nenhuma delas encerra Pavlov, nem tão pouco conspirações

     
  • At 12:46 da tarde, Blogger Unknown said…

    Percebo o teu ponto de vista. Mas fazer uma relação directa de que uma escala que está vulgarizada serve para controlar as massas, é um silogismo que me parece um pouco exagerado. Esse video revela a habituação das pessoas às notas em especifico, mas nao me diz directamente que elas estão sob controle.

    Agora há que te dar razão que há alguma musica fabricada com o propósito de te manter numa área melódica restrita, isso há. Há sequências de notas que geram simpatia ao ouvido humano, que tocadas mais rápida ou mais lentamente, ou com esta e aquela mudança, dão um album inteiro da mesma merda, com cheiro ligeiramente diferente. Vejam este video de stand-up comedy que revela um excelente exemplo do que muitos "produtores" de musica fazem para gerar um hit instantâneo:

    http://www.youtube.com/watch?v=JdxkVQy7QLM

     
  • At 2:20 da manhã, Blogger ++!++ said…

    Não existe nenhuma intuição no exemplo.
    Existe unicamente uma sequência de notas (ou frequências matematicamente e sequencialmente calculáveis se quiseres).
    Se repetires a experiência não vais ter outras notas.
    Vais ter AQUELAS notas. A isso não se chama intuição mas comportamento condicionado. (Cães de Pavlov).

    Portanto há um efeito. Resta saber qual a causa.

    Acredito que seja a Cultura, a Sociedade, o Meio, a Educação, a Escola, a Politica, etc.

    Não fui eu então que escolhi a causa.

    E por outro lado sou fruto do meu próprio comportamento.

    Lembro-me que quando nasci, nasci "livre".

    Fui-me aprisionando neste mundo (cultura, meio, pais, hábitos, amigos, etc.)

    Enquanto não conhecer as "correntes" que me amarram e amarraram dificilmente perceberei quem sou.

    Sei que o caminho é longo.

    O caminho da preguiça seria utilizar as "correntes" para explicar a naturalidade de estar amarrado.
    Ou seja, explicar quem somos através dos nosso comportamentos. Para que os aceite. E a aceitá-los estarei a aceitar quem sou. Questioná-los seria colocar em causa a minha "identidade".
    Trata-se de um caminho que não sigo. Mas compreendo que há quem o prefira.

    Tenho aprendido que este é um mundo que marginaliza todos aqueles que nos fazem pensar quem somos. Chamam-lhes maníacos da perseguição, contadores de historias conspiratórias, loucos, e até poetas.

    A cosciencia colectiva, como lhe chamas, sempre aniquilou todos os que nos fizeram pensar quem somos.

    A isso sim eu chamo conspiração.

     
  • At 1:39 da tarde, Blogger carlos said…

    Náo existe intuição? Só existe intuição, seja ela balizada ou não. Tu falas duma maneira que quebra pontes de entendimento. Gosto muito de ti mas custa-me comunicar contigo. Já pensaste que o aprisionamento de que falas faz sentido nesta tua vida? Já pensaste que é um factor até preponderante para cresceres? E depois digo a mim: "já pensaste que ele questionar isso é a maneira de ele crescer?"
    Pois, andamos ás perguntas e as respostas nem sequer interessam.
    A música e a maneira como ela é representada exige compromissos, cedências, porque a queremos bem, não porque queremos controlar alguém, independentemente de ela ser controlável ou não.
    O que paira na tua, na minha inconsciência (eu nunca falei em consciência) vem de coisas tão primitivas como as limitações dos primeiros instrumentos. Depois no século dezoito teve de se encontrar um compromisso porque fisicamente era incomportável ter um piano de 7 metros (é uma longa história), daí surgiu a escala temperada que a única coisa que quis controlar foi o transporte fiável dos instrumentos e estabeleceu fronteiras. Que os nossos "ouvidos" estão mais formatados do que eu gostaria? Estão. Que as 12 notas da nossa escala me dão tudo o que eu preciso? Dão. Tudo depende do que fazes com ela.

     
  • At 4:42 da manhã, Blogger ++!++ said…

    Para o ser humano tudo "faz sentido".
    É uma questão de tempo.
    O que fazia sentido há 200 anos pode não fazer sentido amanhã.

    Exemplo: Antes o Sr. C. comia "carne" e o seu comportamento fazia sentido. Agora não suporta comer carne e considera que ser vegetariano é que faz sentido.

    Portanto, o facto das coisas fazerem sentido não as explica.

    Mas o que explica a mudança de comportamento do Sr. C. ?

    Não terá sido o facto de ter questionado as amarras que o condicionavam no comportamento de comer carne (educação, cultura, meio, sociedade, etc.) ?

    Claro que muitas pessoas continuam a comer carne e a explicar, através dos problemas logísticos do tranporte de carne do século XVII, o quão importante é para o seu "crescimento" comer carne. Que a carne dá tudo o que precisam. E que faz todo o sentido come-la.

    Mas, ao contrário do Sr.C.não questionam as razões de só a comerem.

    Concluindo:
    O que pretendi com o post é apenas mostrar que estamos condicionados a "comer carne" (escala pentatonica) porque é a que nos "dão" 24h por dia em 99.99% dos casos. E que existem outras "carnes".


    Há que parar e perceber até que ponto estamos a ser condicionados.

    O "crescer" vem de questionar as amarras. Não de as aceitar passivamente.


    Conforta-me perceber porque razão o meu comportamento é este e não aquele.

    Devagar. Percebendo as correntes, percebendo as limitações, consigo perceber que existem outras possibilidades de existência.

    p.s. Gosto muito de ti e gosto muito de comunicar contigo.

     
  • At 6:36 da tarde, Anonymous Rui said…

    eu gosto de carne porque se comer peixe fico com fome durante a tarde :(

     
  • At 5:55 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    ó rui, come merda.

     
  • At 3:27 da tarde, Blogger carlos said…

    estes anónimos é só charme.

     

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