Caga Sentenças

Todo o Português caga a sua sentença. Neste espaço venho deixar a minha poia.

quarta-feira, junho 10, 2009

ELEIÇÔES EUROPEIAS - RESULTADOS


De 0.6 por cento nas legislativas de 2006, o Partido Pirata Sueco (PiratPartiet) conseguiu ontem obter 7,1 por cento dos votos nas eleições para o Parlamento Europeu. Ao todo foram 214.313 suecos que manifestaram assim o seu repúdio para com a repressão crescente da partilha de ficheiros e com a condenação dos responsáveis pelo Pirate Bay.



As sondagens divulgadas ao longo dos últimos meses que indiciavam um resultado favorável vieram assim a confirmar-se. Pela primeira vez na história do Parlamento Europeu, os internautas e cidadãos contarão com representantes que compreendem a Internet, defendem a legalização da partilha de ficheiros, o fortalecimento da privacidade e a restrição dos direitos de autor à esfera comercial.

(Retirado de REMIXTURES.COM)

9 Comments:

  • At 3:28 da tarde, Blogger ZuLu said…

    Pois, a partilha de ficheiros na net é uma questão muito delicada, por um lado, existe o direito de reprodução e posse que são pagos por quem de direito, por outro lado temos o "Zé Povinho" que gosta de ter as coisas mas não gosta de pagar a uns poucos parasitas que se metem entre os autores e os consumidores.
    Eu já usei bastantes vezes o Pirate Bay, e também não gosto de pagar os preços que pedem hoje em dia por musica, filmes e livros, mas uma coisa é certa, se "saco" um filme ou música, mais tarde, acabo sempre por comprar o original a "nice price".
    Para mim o "sacar" é como uma espécie de filtro, permite-me escolher o que comprar.
    Acho bem que dêm voz ás pessoas do Pirate Bay, vejo-os como a concorrência, obriga as grandes editoras a arranjarem maneira de vender a um preço mais justo para o consumidor final.
    Pode ser que agora as coisas começem a melhorar, no lugar de banir, devem-se arranjar soluções, a partilha de ficheiros é um reflexo do abuso da indústria, logo, se querem arranjar uma solução, devem procurar o problema na indústria e não nos servidores da partilha de ficheiros.

     
  • At 2:56 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    A grande questão está em definir roubar vs comprar.

    Se te tiro uma coisa ficas sem ela. Certo ?

    No mundo digital consegues clonar essa coisa infinitas vezes.

    Logo se não ficas sem ela como se pode acusar alguém de roubar.

    Portnato como se pode acusar alguém de compartilhar ficeiros que podem ser clonados por outros de contribuir para o Roubo.

    Não será está uma questão de repressão de liberdades individuais ?

    O proprio "direito de reprodução" é um abuso. Se compro tenho o direito de usar e ponto final. Restiringir a forma como uso, quando uso, com o que eu uso, não é mais que repressão à minha liberdade.

    Não existe "direito de posse".

    A voz que se dá este partido não tem nada a ver com o que escreveste.

    O que se passa, e que infelismente é muito mal divulgado, é que existem serias ameaças às lberdades individuais dos individuos que podem a muito breve prazo passar por "escutas informaticas" a todos os tipos de aparelhos de uso de software. Ex: Um policia mandar-te parar e inspecionarem-te o proprio telemovel. Não acreditas ? Informa-te sobre o que é a "ACTA".

    "Algumas das questões do partido no parlamento serão as leis de telecomunicações da União Europeia e o Anti-Counterfeiting Trade Agreement (Acordo Anti-Falsificação do Comércio, ou ACTA), um novo esforço pela propriedade intelectual que está sendo negociado entre União Europeia, Japão, Estados Unidos e outros países."

    V

     
  • At 6:23 da tarde, Blogger Unknown said…

    Anónimo V, acho que há alguma falta de rigor nesta tua analogia do comprar vs. roubar.
    tens razão que não estás a tirar nada a niguém quando usufruis de um clone.
    Mas segundo os legisladores, isso não é bem assim.
    Um clone de um ficheiro é uma cópia não autorizada. Vamos supor: Um album de musica dos U2.
    Se tu fizeres um download "pirata" de um album, estás a fazer uma cópia ilegal de várias musicas, e estás a violar 2 principios: O direito de autor, e os direitos de exploração comercial e reprodução da mesma obra. Dito de outra forma: direito moral e direito patrimonial.

    Ou seja: O autor não vai receber os seus direitos, e a editora e distribuidora e publisher não vão receber os seus direitos como donos da exploração da musica como "produto", seja ele fisico ou digital.

    Sendo assim, a tua pergunta "como se pode acusar alguém de compartilhar ficheiros que podem ser clonados por outros de contribuir para o Roubo?" tem uma resposta: Já álguem, contratualmente, tem o direito de copiar e explorar essa obra, ou ficheiro, por isso tu não tens esse direito e estás a contribuir para o roubo.
    O direito de reprodução é diferente do direito de uso. Quando compras um CD tens direito a usá-lo mas não a reproduzi-lo.
    Dizes que é um abuso? Talvez.

    Eu próprio não sei bem de que lado estou na barreira dos direitos e da propriedade intelectual. Se uns dias defendo, noutros dias acho que são uma aberração. Mas tento ver os 2 lados da questão.

    Porque há que ver o lado do detentor dos direitos (artista) que entende que os deve cobrar:
    Imaginemos o caso de um musico de pouca expressão. Se regista a sua obra, faz um acordo com uma editora que investe para por um CD no mercado, e depois o album tem um sucesso enorme numa rede de pirataria, o musico não recebe nada, não vende CDs e provavelmente nas suas actuações ao vivo, os organizadores ainda lhe vão pedir para ceder os direitos de autor, porque senão ainda lhe reduzem mais o cachet. De que vive o musico, se a sua actividade não lhe rende?

    Não achas que o musico o artista plastico, ou o escritor têm a legitimidade de cobrar sobre as suas ideias?

    Outra suposição: Um quadro. Imagina que compras um quadro que custa 500€ e logo a seguir fazes 1000 cópias que resolves oferecer aos teus melhores amigos. Não o estás a roubar a ninguém, até o compraste e tudo. Sentes-te no direito de copiar desenfreadamente?
    E é justo para quem teve a ideia? Será justo que o pintor original não receba um tostão sobre essas cópias, ele que passou horas a idealizar e a pintar o que tu (comprador) achas que é uma obra de arte? Pensa nisso.

    Agora há quem diga que tudo isto é uma treta e que tudo devia ser livre, que a arte é livre e que o artista puro não quer fazer dinheiro da arte e bla bla bla...
    mas isso são "outros quinhentos", como se costuma dizer.

    Acho muito bem que os artistas de hoje ofereçam musica, que a tornem livre de circular, que retirem o poder às grandes editoras de decidir o que o publico deve ou não ouvir. Que lhes retirem o poder que tiveram todos estes anos de ganhar fortunas à custa da criatividade dos artistas...

    Mas também estou do lado dos autores que entendem que deve receber pela autoria das suas obras, pela sua reprodução nas rádios e televisão, e pelas cópias que fazem das suas criações.

    No fundo, defendo a liberdade de escolha.

    Quanto aos direitos do "consumidor de internet", se me permites a expressão, esse sim é um abusador. São poucos os que ouvem musica ou vêem um filme para de seguida ir comprar. Parece que tudo agora é de graça, e que é tudo nosso. Acho que é bom que a internet traga a democratização de informação, mas não apoio roubos nem exploração de direitos que são legitimos a quem os reclama.

    abraço.

     
  • At 9:25 da tarde, Blogger ++!++ said…

    O "direito de autor" é (quase) sempre inviolável.
    A não ser que digas que a música que clonaste dos U2 é tua...bem aí terás um problema de personalidade...eh heh

    O "direito de exploração comercial" diz respeito ao direito de vender algo. E isso também não está em causa.

    Mas dou-te um exemplo...
    Quando uma editora te vende um CD não compras nenhum direito de autor. Também não compras nenhum direito de exploração. Apenas compras o direito de o ouvir...
    e mais alguma coisita...
    e o quê?
    Talvez compres o direito de o copiar para um computador...ou de o copiares "x" vezes noutro CD...ou o direito de o ouvires no carro....ou o direito de o copiares 7 vezes para um IPod. Depende caso a caso.

    Estou a falar-te de DRM (Digital Rights Management) e o que é isso?
    Bem trata-se basicamente de repressão à liberdade de uso.
    Ou seja a Industria não pretende vender-te apenas um CD....quer ainda controlar como o usas, quando o usas, com o que o usas, quando o ouves...e terás que pagar por isso.
    A luta contra o DRM e outras formas de controlo é dura e enorme.

    A industria vende CDs e também as musicas online. O peso ainda não está distribuido 50%-50% mas sabe-se que o online irá dominar nos proximos 5 anos.
    Por isso a escalada contra a tua liberdade está ainda a ser gradual (ex.: ACTA). Ou seja, vendem-te CDs dos U2 que podes (se calhar) copiar (será?) e emprestar a um amigo (ou 2, ou até 100 se a coisa for bem feita e a polícia não souber), ouvir no leitor do carro ou no computador (será mesmo?). Por outro lado vendem-te a mesma musica online e controlam o uso ao ponto de controlar o número de cópias que consegues fazer, as plataformas que usas para as ouvir (ex: Ipod, WMP,etc.), e isto tudo através do tal DRM. Vendem-te CDs à antiga e vendem-te as mesmas musicas online mas com fortes restrições de uso. Parece contraditório mas trata-se apenas de uma estratégia de ir aproveitando o tal peso 50-50 que te referi (os pesos não são bem estes...)
    Poderás agora a perceber a importante luta que se está a travar entre a (antiga) Industria Discogafica e as plataformas de leitura (Ipods, Nokias, telemóveis, PCs, etc.).

    Ou seja, no limite poderei até ser considerado ladrão por copiar, uma música comprada legalmente, para um formato que o DRM não me permite. Interessante não ;=)?

    Outra coisa importante é o sobre o "dinheiro dos direitos" que falas.
    Os autores recebem percentagem de vendas.
    A questão coloca-se é sobre o que é que se vende....
    Vendes plástico (CDs, K7s) ou algo imaterial ?
    Na altura do plástico as contas eram fáceis de fazer. Compras 100 Eur de plástico vendes a 300Eur e dás 20 Eur aos músicos.
    A coisa mudou.
    Não se vende tanto plástico nem vinil.
    Ou seja o músico já não ganha dinheiro com o formato porque o digital é imaterial.

    Então preocupa-se agora com o conteúdo.

    Mas o progresso tecnologico pergou-te esta partida e obriga-te a pensar:
    Quanto vale realmente a tua obra ?
    E tu quanto vales? E porquê?
    Estas são as questões que os músicos têm de colocar.

    A questão é de uma beleza filosofica profunda.

    Tu que fazes algo imaterial - "sons" e que despoletas com essa magia sentimentos e emoções e que não são matéria
    quanto achas que tu vales ?

    E tua música ? Vale o que tu achas que vales ?

    Agora é a doer.

    Os "grandes músicos" (ex-vendedores de plástico) revelam-se publicamente na luta contra a pirataria, e são ingenuamente usados como fantoches no jogo do controlo de liberdades. (ex. Metallica)

    Em todas a história das Industrias quando há inovação há soluções novas e pioneiras.
    Dou-te o exemplo da Madonna que de uma forma pioneira promoveu os "contratos 360".
    É uma forma de evolução no conceito de Receita do músico.
    Outro bom exemplo de adequação aos novos tempos, e este um total hino à liberdade, é o dos NIN. Existem vários estudos de Gestão sobre o pioneirismo da "equipa de angariação de receitas" dos NIN.
    Portanto a receita não vai acabar... O bolo era maior do que apenas o plástico e fatias que antes eram de outros passam agora a ser reclamados pelos músicos.

     
  • At 9:33 da tarde, Blogger ++!++ said…

    Ladrão ?

    Será que poderei ser acusado ladrão por alguém do outro lado do oceano me emprestar um CD de plástico?
    E se for um ficheiro compartilhado ?
    É diferente a moral que falas porquê ?

    Será que sou considerado ladrão por Compartilhar o meus bens?
    Quem disse ?
    Compartilhar não é um bom princípio moral ?

    Está mais que provado que se copia massivamente e ilegalmente musicas.

    Queres melhor escrutínio para a tua democracia que o comportamento humano.

    O que está a acontecer é que se incute e promove-se sub liminarmente um MEDO : "a pirataria".

    Decretam-te pirata e criminoso.

    Mas tens a opção de lhes exigir que façam leis para os homens e não o contrário!

    Caso contrário irá sentir medo e em troca da tua segurança aceitarás que te controlem, que te vigiem. Saberão quando usas, como usas, com quem usas. (Uma vez mais a A.C.T.A.)

    Mas Ricardo,

    Somos Homens Livres !

    Vamos aproveitar os avanços da tecnologia que pela primeira vez na Historia da humanidade permite clonar bens infinitamente a custo (tendencialmente) zero (softwares, musica, video, etc) e democratizar (de facto) o acesso ao conhecimento, à arte, a instrumentos, a tecnologias, etc..... Compartilhar culturas, ensinamentos, ideias!


    Vamos arranjar novas formas de arranjar novas receitas com estas novas tecnologias.

    Viva o progresso!


    Bora lá?

     
  • At 7:40 da tarde, Blogger Unknown said…

    ei ei ei ei... espera aí!

    Calma aí, não me ponhas do lado dos Metallica, dos defensores da industria e do contrato, e etc... acho que ás vezes não passo bem a minha mensagem, e falo tanto do lado do contrato e da industria que parece que passei o fim de semana a jantar com o gajo da Universal ou assim...
    Nada disso.

    Eu sou MUITO a favor das novas maneiras de estar na musica e de a lançar a publico, como deste o exemplo e bem, dos NIN.
    Neste momento, são a banda que melhor exemplo dá neste assunto, e que apresenta a solução com que mais me identifico.


    O que quero dizer, é que respeito quem tenha outras opiniões, quem tenha assinado algum contrato e que tenha outra visão, talvez ainda muito presa à "velha escola" de vender plástico como tu lhe chamas, e não consigo dizer que essa pessoa não tem a legitimidade para o fazer, simplesmente porque a obra criada são sons e isso é "imaterial", porque desculpa lá, um CD com musica, vai muito mais longe do que "plástico" e vai mais longe do que um conjunto de sons.
    Sabes bem que grandes albuns da história só o foram devido à conjugação de musica + poesia + arte gráfica/visual, whatever...

    E a apoiar as teorias desses, temos o peso todo da história do disco (da sua evolução, dos Tops, dos charts, do video de musica e a forma como influenciou e continua a influenciar a cultura humana em todo o mundo) que me parece rica demais para "amarfanhar" e jogar no lixo, só porque há aqui um brinquedo novo (internet) e já não precisamos do velho.

    Mas repito: gosto de ver a forma de como a discussão sobre o tema está a evoluir e respeito as posições de cada um:
    Por um lado acho bonito que se ofereça a musica na internet e que esta fique num patamar de acessibilidade comum, como ao mesmo tempo, dou legitimidade aos "metallica" de exigir o que acham que é deles, porque assinaram um contrato, e sentem-se lesados pelo seu incumpriemnto e ISTO NÃO QUER DIZER QUE EU OS DEFENDA!!!

     
  • At 1:53 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    compartilhar.

     
  • At 7:52 da tarde, Blogger Unknown said…

    HORRIVEL!!!


    "Jammie Thomas Rasset, solteira e com quatro filhos, residente em Minnesota, foi considerada culpada de usar a rede Kazaa para baixar música.

    O juri determinou o pagamento de US$ 1,92 milhão (R$ 3,75 milhões) - US$ 80 mil por música - a seis gravadoras: Capitol Records, Sony BMG Music, Arista Records, Interscope Records, Warner Bros. Records e UMG Recordings.

    A associação da indústria discográfica americana (Recording Industry Association of America - RIAA) e as grandes gravadoras processaram milhares de pessoas por baixar ilegalmente músicas na Internet, mas, na maior parte dos casos, os envolvidos entraram em acordo e pagaram quantias entre 3 mil e 5 mil dólares para encerrar o caso.

    Thomas-Rasset foi a primeira a rejeitar um acordo e levar o caso ao tribunal."

     
  • At 9:50 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Acho que já sabes qual é o teu lado.

     

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