É uma realidade dura, que na verdade, espero nunca testemunhar. Ao mesmo tempo que escrevemos no nosso tecladinho e no escritório quentinho, morre gente alvo de bombardeamentos, outros tentam dormir em casa, com temperaturas abaixo de 0º, com janelas abertas para suportar os "sopros" das bombas... à espera que a próxima lhes seja dirigida. Nada está ao nosso alcance para mudar a situação. Podemos estar aqui dias a dar bitaites e a postar artigos e videos, que não vai salvar nem uma vida.
eu só não entendo porque é que mencionas o refrão e as gajas boas no titulo, como se alguém que ande a cantar refrões e a engatar gajas boas tivesse alguma culpa no que se está a passar no médio oriente. Ou que fosse obrigado a deixar de o fazer porque no outro lado do mundo há uma guerra, terrível e sem fim à vista.
Faz me lembrar de quando estou a comer qualquer coisa e não me apetece mais, e penso que alguém adoraria comer aquele restinho que eu vou deitar fora. Às vezes chego a procurar um cão. Mas nem um cão me aparece. E que culpa tenho? E o que posso fazer? Embalar a comida e mandar pra África? Somos impotentes para mudar.
Ainda mais o é quando os media não contam o que devem contar e nos condicionam as opiniões com banalidades fáceis de aceitar pelos nossos instintos mais como distas.
Bitaites, todos nós os mandamos, mas daqui não é possivel mudar nada. não compreendo como é que testemunhar a partir da TV pode ser uma forma de luta, como também não compreendo como é que uma vigilia à frente de uma embaixada num país europeu pode resultar em alguma coisa. E aí até já estamos a falar numa tradicional forma de "luta".
Mas há muito mais que não testemunhamos. E é disso que falo e que espero não testemunhar: O som das bombas nos meus ouvidos, o cheiro que fica depois da explosão, o corropio do salvamento de vidas e do transporte dos mortos. testemunhar isto na TV enquanto dás uma garfada num bife sucolento não me parece uma forma eficaz de luta. Há uma realidade BRUTAL que nós europeus nunca vamos sentir. A raiva entre aqueles povos é incontrolável, nem cimeiras, nem encontros, nem manifestações... Por isso digo que nada está ao nosso alcance, que somos impotentes para mudar, e que o facto de postarmos videos ou escrevermos os nossos bitaites não vai salvar uma unica vida na faixa de gaza.
Pode sim, salvar alguma vida na Europa, se por exemplo, alguém com tendencias suicidas, veja que afinal até tem uma vida previligiada...
Verdade é que os media não contam a verdade. Ainda ha dias ouvia na radio, um voluntário da AMI dizer que 30% dos atingidos eram civis e na sua maior parte, crianças. Na TV so se fala em Israel e alvos do Hamas, como se apenas de uma limpeza politica se tratasse. E é mentira.
4 Comments:
At 1:11 da manhã, portugal said…
EM NOME DE DEUS
At 9:20 da tarde, Unknown said…
É uma realidade dura, que na verdade, espero nunca testemunhar.
Ao mesmo tempo que escrevemos no nosso tecladinho e no escritório quentinho, morre gente alvo de bombardeamentos, outros tentam dormir em casa, com temperaturas abaixo de 0º, com janelas abertas para suportar os "sopros" das bombas... à espera que a próxima lhes seja dirigida.
Nada está ao nosso alcance para mudar a situação. Podemos estar aqui dias a dar bitaites e a postar artigos e videos, que não vai salvar nem uma vida.
eu só não entendo porque é que mencionas o refrão e as gajas boas no titulo, como se alguém que ande a cantar refrões e a engatar gajas boas tivesse alguma culpa no que se está a passar no médio oriente. Ou que fosse obrigado a deixar de o fazer porque no outro lado do mundo há uma guerra, terrível e sem fim à vista.
Faz me lembrar de quando estou a comer qualquer coisa e não me apetece mais, e penso que alguém adoraria comer aquele restinho que eu vou deitar fora. Às vezes chego a procurar um cão. Mas nem um cão me aparece.
E que culpa tenho? E o que posso fazer? Embalar a comida e mandar pra África?
Somos impotentes para mudar.
At 1:38 da manhã, Anónimo said…
"Somos impotentes"
"Nada está ao nosso alcance"
"Não vai salvar uma vida"
Acredito que o testemunho é uma forma de luta.
Ainda mais o é quando os media não contam o que devem contar e nos condicionam as opiniões com banalidades fáceis de aceitar pelos nossos instintos mais como distas.
At 12:22 da tarde, Unknown said…
Bitaites, todos nós os mandamos, mas daqui não é possivel mudar nada.
não compreendo como é que testemunhar a partir da TV pode ser uma forma de luta, como também não compreendo como é que uma vigilia à frente de uma embaixada num país europeu pode resultar em alguma coisa. E aí até já estamos a falar numa tradicional forma de "luta".
Mas há muito mais que não testemunhamos. E é disso que falo e que espero não testemunhar:
O som das bombas nos meus ouvidos, o cheiro que fica depois da explosão, o corropio do salvamento de vidas e do transporte dos mortos.
testemunhar isto na TV enquanto dás uma garfada num bife sucolento não me parece uma forma eficaz de luta. Há uma realidade BRUTAL que nós europeus nunca vamos sentir.
A raiva entre aqueles povos é incontrolável, nem cimeiras, nem encontros, nem manifestações...
Por isso digo que nada está ao nosso alcance, que somos impotentes para mudar, e que o facto de postarmos videos ou escrevermos os nossos bitaites não vai salvar uma unica vida na faixa de gaza.
Pode sim, salvar alguma vida na Europa, se por exemplo, alguém com tendencias suicidas, veja que afinal até tem uma vida previligiada...
Verdade é que os media não contam a verdade.
Ainda ha dias ouvia na radio, um voluntário da AMI dizer que 30% dos atingidos eram civis e na sua maior parte, crianças.
Na TV so se fala em Israel e alvos do Hamas, como se apenas de uma limpeza politica se tratasse.
E é mentira.
Enviar um comentário
<< Home