Moammar Khadafi Superstar

Os meios de comunicação social esperavam muita polémica com a presença de Robert Mugabe, ditador com belos créditos na implosão do seu próprio país, na Cimeira UE-África. No entanto pouco tenho notado acerca desta insigne personagem. De facto apesar da birra Zimbabwe-Reino Unido, que levou à não participação do primeiro-ministro Gordon Brown na cimeira, Mugabe pouco tem sido referido.

De quem eu ouço falar tem sido principalmente de Moammar Abu Minyar al-Khadafi (ou Gaddafi segundo outras formas de transliterar o árabe).

Fala-se das suas camelas, da sua tenda, da sua escolta feminina, do seu petróleo, das suas afirmações bombásticas assim como se teima em dizer que ele é o presidente da Libia. Tal é errado pois o presidente é um tal Zenati Muhammad az-Zenati, o qual tem tanto poder quanto um bibelô na mesa do centro da sala de estar.

Sou do tempo em que Khadafi era um terrorista, um mau rapaz. Do tempo em que os americanos lhe mataram um dos filhos nos bombardeamentos de 1986. Nos últimos tempos Khadafi foi reciclado em parceiro comercial e comprador de armas das nações ocidentais democráticas. Mudam-se os tempos mudam-se as vontades.

Há coisas que nunca mudam, o fulano até pode ser um facínora no entanto, se convir, fecham-se os olhos e faz-se negócio... Viva a hipocrisia!