O futuro, a quem pertence?

Dei por mim nestes ultimos dias a pensar no futuro. Eu até sou uma pessoa que tenta viver um dia de cada vez e tirar o máximo partido da minha pequena existência, não consigo deixar de andar um pouco alarmado com o Mundo, desde o meu meio social e da minha vida pessoal, até à politica mundial.
Começando por esta, o mundo pode estar à beira (a medio/longo prazo) de uma 3a guerra mundial e a sociedade não podia estar mais nas tintas. Os EUA continuam com a tentativa de democratização "à força" do Mundo, que cada vez se torna mais séria. Prova disso é a vontade dos americanos de colocar radares anti-missil e plataformas de lançamento de misseis anti-missil na Polónia e na Republica Checa, mesmo nas barbas de Putin, supostamente para se defenderem de algum ataque, seja lá de quem for. E os EUA invadem, a Europa colabora, o medio oriente ameaça com terrorismo, a Russia ameaça fechar a torneira da energia, e enquanto isso, a China vai fabricando um pouco de tudo a 15 centimos pra vender a 40 euros... a coisa pode complicar.
Numa escala mais local, preocupa-me Portugal. País velho, mal educado e preguiçoso, que tem a máquina politica atravancada. Cheio de burocracias, injustiças e casmurrice que não promete uma esperança de melhoria no futuro. O desemprego continua a subir, a precariedade no trabalho é ainda mais assustadora.
Um país que dá "novas oportunidades" a pessoas de se qualificarem e que trata professores abaixo de cão. Um país que quer dar mais saude, mas que continua a não dar um contrato de trabalho decente a um enfermeiro. Um país que quer ser bilingue quando nem sequer a propria lingua sabe ensinar. Que quer que todos saibam de computadores quando muitos nem sabem trocar uma lampada. Sim, e quem vão ser os electricistas? Os canalizadores? Os tecnicos de manutenção e os torneiros?! Quem é que pelo amor de Deus vai ser o responsável por melhorar o planeamento urbanistico da Marinha Grande? Ooops, isto já são outas conversas :)
Na minha vida... continuo mal pago, e a vida está cada vez mais cara. Por enquanto não tenho grandes problemas, pois ainda não efectuei a Divida-Mor (compra de casa). Mas como é óbvio penso em um dia fazê-lo, e cada vez que sondo preços de casas, ou vou ao supermercado comprar uma posta de bacalhau dá me vontade de rir, de como é que eu nunca conseguiria ter uma vida razoávelmente confortável se quisesse ir viver sozinho para uma casa, mesmo que alugada. É certo que sem conforto também se pode ser feliz, bem sei. De qualquer forma, quando olho para o que desconto e da retribuição que daí obtenho, por mais calmo, descontraído e compreensivo que seja, não consigo ficar conformado.


O Mundo está ou não está todo fod*&%?


VAMOS SER FELIZES, JÁ!