Kosovo, o próximo futuro antigo país da Europa
Ao contrário do que nos querem fazer crer não é a democracia ou a religião cristã que distingue a Europa dos outros continentes. Se há característica mais nossa, europeia, essa é o corropio de países que existiram e que desapareceram. Basta ver esta lista da Wikipedia, acerca dos países desaparecidos no nosso continente desde 1815. Alguns voltaram a existir outros nem por isso. Alguns são bem conhecidos, outros só mesmo uma memória de elefante para os recordar.
Há dias o Kosovo votou a favor dos nacionalistas. Estes por sua vez já fizeram saber que pretendem declarar a independência ainda este ano, quer agrade ou não à Comunidade Internacional.
Isto significa que em breve teremos mais um país na velha Europa. Um Kosovo independente significa uma carga de problemas: um país pobre e não auto-sustentado para entrar na União Europeia e para que possa receber fundos comunitários, um país não desejado pela vizinha Sérvia que vê no Kosovo o seu berço de nacionalidade (é como se os Ciganos declarassem a indepêndencia de Guimarães, por exemplo), um país também não desejado pela Rússia tradicionalmente alinhada com a Sérvia.
E acima de tudo mais um motivo para uma nova guerra nos Balcãs. Divirtam-se...
Há dias o Kosovo votou a favor dos nacionalistas. Estes por sua vez já fizeram saber que pretendem declarar a independência ainda este ano, quer agrade ou não à Comunidade Internacional.
Isto significa que em breve teremos mais um país na velha Europa. Um Kosovo independente significa uma carga de problemas: um país pobre e não auto-sustentado para entrar na União Europeia e para que possa receber fundos comunitários, um país não desejado pela vizinha Sérvia que vê no Kosovo o seu berço de nacionalidade (é como se os Ciganos declarassem a indepêndencia de Guimarães, por exemplo), um país também não desejado pela Rússia tradicionalmente alinhada com a Sérvia.
E acima de tudo mais um motivo para uma nova guerra nos Balcãs. Divirtam-se...
5 Comments:
At 1:05 da tarde, Anónimo said…
E não só isto, mas também mais "ethnic cleansing" pela frente, num país (?) que depende do tráfico de heroina.
At 1:31 da tarde, Catarina said…
independentemente das consequências de se tornar um país "livre", têm todo o direito de o escolher.
E afinal de contas, nós também vivemos dos fundos comunitários.
At 5:14 da tarde, Anónimo said…
E meninas ??o k ganho eu com isso??
At 9:51 da tarde, Anónimo said…
Pretendo fazê-lo Papa Ratzi...só espero que desta vez não passe à hora de jantar.
At 3:48 da tarde, Bruno Monteiro said…
Catarina, têm direito, quem? Não se pode simplesmente afirmar coisas sem se ter conhecimento da história.
Como diz o Papa Ratzi, a Sérvia vê no Kosovo o berço da sua nação. O Kosovo sempre esteve ligado à Sérvia. A maioria é há já muito albanesa, todavia existem também minorias sérvias, e uma independencia nestas condições levará a que esses sérvios percam as suas casas, empregos e por ai fora, pois o fundamentalismo/nacionalismo albanes está bem demonstrado nas classes politicas daquela provincia, e dificilmente um sérvio poderá continuar a sua vidinha ali. O Kosovo não tem de longe meios que garantam uma bem sucedida independencia, muito menos sendo esta unilateral como falam os dirigentes albaneses, sem falar de que a máfia albanesa e a corrupção que por ali anda, é feita a uma escala enormissima.
Temos o exemplo da Bósnia-Herzegóvina, que depois da guerra e da independencia, está hoje com grandes problemas, não só económicos, mas pior, problemas sociais. Por exemplo em Mostar (capital da Herzegovina), de um lado do rio estão os católicos (croatas) e do outro a maioria é muçulmana, os mesmos que antes da guerra fria partilhavam os mesmos locais, a mesma mesa de café, hoje com a força da guerra quase todos se odeiam e a divisão da cidade é prova disso mesmo.
Os paises dos balcãs estão carregados de uma grande mistura étnica e o aparecimento do nacionalismo entre a união das Republicas da Jugoslávia a muito se deve às ajudas exteriores, ajudas marcadas com interesses. Na minha opinião, o desmembramento da poderosa Jugoslávia muito se deve aos interesses de americanos e algumas potências europeias na procura de mais poder e controle sobre aquela que continuava, dentro da Europa, a ser a grande e poderosa aliada da Russia.
O Kosovo poderá ser independente quando tiver meios de auto-gestão e isso não será possivel também sem um bom relacionamento com sérvios, o nacionalismo aparece apenas com ideia da independencia, sem sequer estarem preocupados de achar um acordo em prol dos povos de ambas as partes, claro, dai ser nacionalismo, muito pelo contrário. E depois a campanha deles para que os americanos os apoiem a expulsar de lá os sérvios é mais que triste e racista. Como é que alguém pode querer tanto a sua independencia quando está tão longe de ter meios de gestão!
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