Alto aí Papa Ratzi... nada de confusões. O Che foi guerrilheiro, cometeu excessos, até foi fanático nos seus ideais, mas daí até ser confundido com um fanático religioso e obscurantista assassino, vai uma distância maior do que a que separa as Américas dos contrafortes dos Himalaias!... Saibamos, em nome da decência e das grandes causas da Humanidade, distinguir as duas coisas...
Sim, é verdade. Apesar de tudo tenho uma simpatia pelo Che que não tenho pelo Osama. O que eu pensava quando "postei" era nos pontos em comum entre estas duas personagens: ambos lutaram (no caso do Osama talvez ainda lute) pelos seus ideais, ambos se insurgiram contra o todo poderoso "Império" e ambos espalharam a sua luta pelo mundo. Quer se goste quer não eles têm de facto pontos em comum.
Pois, existem pontos em comum, como existem sempre entre quase todos nós, olha por exemplo o Hitler tinha um ponto em comum comigo, gostava de cães e eu também gosto dos rafeiros. Boa semana
Cá eu simpatizo mais com o Osama. Não sei... tem cara de boa gente! Acho que se ele se alistasse num partido politico português, tinha grandes hipóteses de ganhar uma eleição, já se sabe que muita gente em Portugal vota pela aparencia. Apesar de no fim a reacção ser sempre a mesma: "Enganou me bem, este FDP, são todos iguais"...
E para terminar da pior maneira, eu tabém tenho pontos em comum com o Osama. Tal como ele, eu também gosto de f... mulheres inocentes. :)))
Aceito vaias. O meu humor é horrivel, mas nao consigo evitar E afinal de contas isto é o caga. :)))
Obviamente que as motivações destas duas personagens são diferentes. Muito diferentes, diga-se. Mas a acreditar que ambos realmente acreditavam / acreditam no que defendem são ambos idealistas. Goste-se ou não, apoie-se ou não. Nisto serão iguais. Só que um tem todo o marketing atrás e aura de mito; o outro é visto por nós como um mero facínora (o qual eu concordo), imagem alimentada pelos nossos media. Só que nós esqecemo-nos que não estamos sós no mundo e possivelmente uma boa parte de gente como nós noutras partes deste mesmo mundo poderão ver em Osama aquilo que nós aqui vemos no Che.
A conversa vai bonita e até bem humorada e isso é bom. No entanto, é necessário que saibamos fazer as devidas distinções entre a luta que o Che desenvolveu e aquela que o Ossama desenvolve. Enquanto o Che tinha como ideal tirar os povos das Américas Central e do Sul da pobreza e de sob a pata do domínio americano, travando a sua luta pela libertação maioritariamente no interior dos países que queria 'libertar' - ponho aspas porque o caso cubano não será o melhor exemplo de um país de povo livre (embora eu admita que existem coisas bem conseguidas no regime de Fidel, como por exemplo no campo da saúde e da educação!...), o Ossama, embora lute por princípios à partida semelhantes, exporta a sua senha bélica e visionária para toda a parte, e dá cobertura à mais ignóbil forma de obscurantismo religioso que só encontra paralelo na nossa longínqua Idade Média! E mesmo aqui há aspectos que se revestem de características ainda mais tenebrosas que então vividas… Se houver dúvidas, veja-se a condição a que são sujeitas as mulheres nos países em que a Al Queda tem as suas bases, isto só para falar nos aspectos humanos, porque se fossemos a falar no que respeita ao desenvolvimento da saúde, da educação, da cultura, da humanização civilizacional da vida, numa palavra da liberdade, então estamos conversados. (Recordam-se do regime que os Taliban – os tais ‘estudantes de teologia’ – implantaram no martirizado Afeganistão?).
Posto isto, perguntar-me-ão se estou de acordo com a filosofia e acção política do Che? Eu dir-vos-ei que em parte não estou, embora reconheça que para desalojar determinados interesses instalados o recurso a acções demasiado pacifistas de pouco, ou nada, valerão…!
Mas já no que respeita ao ‘modus operandi’ de Ossama, eu estou em completo desacordo, pois ele pretende levar a humanidade ao que de mais obscuro e primário tem o Homem e, o pior de tudo, é que o faz em nome de um tal Deus!…
Partilho da mesma opinião que o papa ratzi, naquilo que é o acaso de um ser um facínora e outro ser um mito, até porque, muito pessoalmente, ambos me parecem ser facínoras - mas isso é muito pessoalmente - só que um é um facínora de hábitos distantes, e outro é um facínora mítico de hábitos mais próximos... ambos assassinos claro! Claro que o tempo e as pressões ideológicas tudo transformam e fazem, rápidamente, esquecer factos que são igualmente desprezíveis, quer se apresentem de boina negra, quer de turbante... Isto de achar que uns motivos são mais válidos do que os outros é uma falácia grave que já levou (e tem levado) a graves convulsões politico/sociais que o mundo gostaria de esquecer, tanto à direita como à esquerda do horizonte. Se calhar, a grande semelhança destes senhores é acreditarem tão religiosamente na sua ideia que se cagam para os outros e se esquecem da sua própria humanidade... se calhar a grande falácia deles é que os sistemas, a existirem servem ao homem e não o contrário. Se matar alguém é uma anormalidade, matar alguém em nome de uma ideologia é uma completa aberração.
11 Comments:
At 11:18 da tarde, Anónimo said…
Alto aí Papa Ratzi... nada de confusões.
O Che foi guerrilheiro, cometeu excessos, até foi fanático nos seus ideais, mas daí até ser confundido com um fanático religioso e obscurantista assassino, vai uma distância maior do que a que separa as Américas dos contrafortes dos Himalaias!...
Saibamos, em nome da decência e das grandes causas da Humanidade, distinguir as duas coisas...
At 1:35 da tarde, Papa Ratzi said…
Sim, é verdade. Apesar de tudo tenho uma simpatia pelo Che que não tenho pelo Osama. O que eu pensava quando "postei" era nos pontos em comum entre estas duas personagens: ambos lutaram (no caso do Osama talvez ainda lute) pelos seus ideais, ambos se insurgiram contra o todo poderoso "Império" e ambos espalharam a sua luta pelo mundo.
Quer se goste quer não eles têm de facto pontos em comum.
At 3:26 da tarde, carlos said…
concordo com os pontos em comum, nao concordo com a comparaçao das motivaçoes de cada um.
At 9:14 da manhã, Barão da Tróia II said…
Pois, existem pontos em comum, como existem sempre entre quase todos nós, olha por exemplo o Hitler tinha um ponto em comum comigo, gostava de cães e eu também gosto dos rafeiros. Boa semana
At 2:21 da tarde, Unknown said…
Cá eu simpatizo mais com o Osama. Não sei... tem cara de boa gente!
Acho que se ele se alistasse num partido politico português, tinha grandes hipóteses de ganhar uma eleição, já se sabe que muita gente em Portugal vota pela aparencia. Apesar de no fim a reacção ser sempre a mesma: "Enganou me bem, este FDP, são todos iguais"...
E para terminar da pior maneira, eu tabém tenho pontos em comum com o Osama. Tal como ele, eu também gosto de f... mulheres inocentes. :)))
Aceito vaias. O meu humor é horrivel, mas nao consigo evitar E afinal de contas isto é o caga. :)))
At 4:22 da tarde, Papa Ratzi said…
Obviamente que as motivações destas duas personagens são diferentes. Muito diferentes, diga-se. Mas a acreditar que ambos realmente acreditavam / acreditam no que defendem são ambos idealistas. Goste-se ou não, apoie-se ou não. Nisto serão iguais. Só que um tem todo o marketing atrás e aura de mito; o outro é visto por nós como um mero facínora (o qual eu concordo), imagem alimentada pelos nossos media. Só que nós esqecemo-nos que não estamos sós no mundo e possivelmente uma boa parte de gente como nós noutras partes deste mesmo mundo poderão ver em Osama aquilo que nós aqui vemos no Che.
At 12:25 da manhã, Anónimo said…
A conversa vai bonita e até bem humorada e isso é bom.
No entanto, é necessário que saibamos fazer as devidas distinções entre a luta que o Che desenvolveu e aquela que o Ossama desenvolve.
Enquanto o Che tinha como ideal tirar os povos das Américas Central e do Sul da pobreza e de sob a pata do domínio americano, travando a sua luta pela libertação maioritariamente no interior dos países que queria 'libertar' - ponho aspas porque o caso cubano não será o melhor exemplo de um país de povo livre (embora eu admita que existem coisas bem conseguidas no regime de Fidel, como por exemplo no campo da saúde e da educação!...), o Ossama, embora lute por princípios à partida semelhantes, exporta a sua senha bélica e visionária para toda a parte, e dá cobertura à mais ignóbil forma de obscurantismo religioso que só encontra paralelo na nossa longínqua Idade Média!
E mesmo aqui há aspectos que se revestem de características ainda mais tenebrosas que então vividas… Se houver dúvidas, veja-se a condição a que são sujeitas as mulheres nos países em que a Al Queda tem as suas bases, isto só para falar nos aspectos humanos, porque se fossemos a falar no que respeita ao desenvolvimento da saúde, da educação, da cultura, da humanização civilizacional da vida, numa palavra da liberdade, então estamos conversados. (Recordam-se do regime que os Taliban – os tais ‘estudantes de teologia’ – implantaram no martirizado Afeganistão?).
Posto isto, perguntar-me-ão se estou de acordo com a filosofia e acção política do Che? Eu dir-vos-ei que em parte não estou, embora reconheça que para desalojar determinados interesses instalados o recurso a acções demasiado pacifistas de pouco, ou nada, valerão…!
Mas já no que respeita ao ‘modus operandi’ de Ossama, eu estou em completo desacordo, pois ele pretende levar a humanidade ao que de mais obscuro e primário tem o Homem e, o pior de tudo, é que o faz em nome de um tal Deus!…
Será que estou errado?
At 2:02 da manhã, Anónimo said…
O Osama manda policias aos sindicatos e o che povinho aguenta.
At 11:52 da manhã, Anónimo said…
WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM
At 1:47 da tarde, Anónimo said…
Partilho da mesma opinião que o papa ratzi, naquilo que é o acaso de um ser um facínora e outro ser um mito, até porque, muito pessoalmente, ambos me parecem ser facínoras - mas isso é muito pessoalmente - só que um é um facínora de hábitos distantes, e outro é um facínora mítico de hábitos mais próximos... ambos assassinos claro!
Claro que o tempo e as pressões ideológicas tudo transformam e fazem, rápidamente, esquecer factos que são igualmente desprezíveis, quer se apresentem de boina negra, quer de turbante...
Isto de achar que uns motivos são mais válidos do que os outros é uma falácia grave que já levou (e tem levado) a graves convulsões politico/sociais que o mundo gostaria de esquecer, tanto à direita como à esquerda do horizonte.
Se calhar, a grande semelhança destes senhores é acreditarem tão religiosamente na sua ideia que se cagam para os outros e se esquecem da sua própria humanidade... se calhar a grande falácia deles é que os sistemas, a existirem servem ao homem e não o contrário. Se matar alguém é uma anormalidade, matar alguém em nome de uma ideologia é uma completa aberração.
At 3:33 da manhã, Cão com Pulgas said…
Eu acho que são os dois uns gandas malucos.
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