O último herói romântico

Existem homens que pegam em armas em nomes de ideais, em nome da luta de outros povos.
Ao contrário do que comummente se pensa o romantismo não se esgota nas flores, que no dia marcado pelo comércio, se oferecem à pessoa amada. O romantismo é a submissão da razão ao coração. E aqui cabe muita coisa.
A História deu-nos a conhecer vários desses heróis românticos, que lutaram por ideais e que por vezes até por eles pereceram. Garibaldi lutou pela unificação da Itália, Lord Byron (que em Sintra não se cansam de dizer que ele passou por lá) lutou pela independência da Grécia. Mais recentemente Ernesto Guevara Duarte (vulgo Che) lutou em nome da libertação dos povos oprimidos.
Diz-se que Che Guevara foi o último herói romântico. Estão errados.
Depois dele surgiu o Subcomandante Marcos, que nas selvas de Chiapas (México) luta pelos direitos dos índios nativos. Mas ainda há outro mais recente.
Se fôr vivo, faz hoje cinquenta anos. Luta há vários anos pelos seus ideais, luta contra os poderosos do mundo. Para muitos é um herói, para outros um inimigo mortal. Para todos um lutador. Ele é o derradeiro herói romântico, quer se goste quer não.