Terei problemas de integração?
Senti-me pressionado. É talvez, a linha de fundo deste post. Hoje houve uma revolução no meu prédio. Uma organização terrorista chamada condomínio decidiu juntar-se para fazer uma massiva lavagem ao edificio, desde a erva daninha até ao verdete e uns quantos maços de tabaco do telhado, tudo lavado e esfregado. Iniciativa admirável, diga-se. Deve haver poucos condomínios que tenham sequer relação empática para se unirem para o que quer que fosse.
Agora, estas coisas do condomínio são sempre muito bifurcadas. Há esse lado muito bom dos que se uniram, e depois há a parte dos "ratos" que não compareceram. Por esta atura já devem ter percebido que eu fui um dos que não compareci...
Não por preguicite, mas porque tive concerto para os lados de Soure e me deitei lá pras 6 da manhã. A brigada da limpeza juntou as tropas às 7h30 da manhã para formar na parada. Soaram as cornetas lá pras 7h45 e bumba lá vão eles a esfregar sem dó.
Era portanto, muito dificil que eu pudesse ajudar em alguma coisa, mesmo que comparecesse.
Como é óbvio passei a manhã a dormir, dormi umas 5 horas e depois saí de casa já estavam eles quase a acabar. Quando voltei ainda estavam a acabar (por esta altura já se lavava muita roupa suja) e de uma maneira que me pareceu oportuna demais, um vizinho disse para outro quando eu passava: "... não se pode criticar A, B ou C porque não se sabe se as pessoas têm disponibilidade e tal..." e aí percebi que estava em apuros. Passei de gajo educado que não se mete na vida de ninguém a RATO, medalha de ouro nos 500mt da dissidência!
Ao mesmo tempo que subia as escadas e digeria o sentimento de culpa, pensava pra mim mesmo: FODA-SE!!! Quem me dera morar numa vivenda. O que é que eu fiz para ter que dever alguma coisa a estes gajos, que nem são da minha familia, muitos deles nem os posso ver, tou me a cagar para os problemas deles e para os seus filhos e os tiques mesquinhos de querer parecer melhor familia que a do lado, porra, deixem-me em paz, quero viver sossegado!
Mais uma vez a confusão instala-se: o condominio é importante como qualquer união (comunidade) em prol de FAZER qualquer coisa positiva, mas é uma merda quando se intromete na tua vida e te julga às cegas. Eu não me consigo integrar no condominio, não gosto de ir às reuniões atirar à cara das pessoas que você não faz isto, ou não pode fazer aquilo, não me integro... não me adapto...
Terei problemas?
Agora, estas coisas do condomínio são sempre muito bifurcadas. Há esse lado muito bom dos que se uniram, e depois há a parte dos "ratos" que não compareceram. Por esta atura já devem ter percebido que eu fui um dos que não compareci...
Não por preguicite, mas porque tive concerto para os lados de Soure e me deitei lá pras 6 da manhã. A brigada da limpeza juntou as tropas às 7h30 da manhã para formar na parada. Soaram as cornetas lá pras 7h45 e bumba lá vão eles a esfregar sem dó.
Era portanto, muito dificil que eu pudesse ajudar em alguma coisa, mesmo que comparecesse.
Como é óbvio passei a manhã a dormir, dormi umas 5 horas e depois saí de casa já estavam eles quase a acabar. Quando voltei ainda estavam a acabar (por esta altura já se lavava muita roupa suja) e de uma maneira que me pareceu oportuna demais, um vizinho disse para outro quando eu passava: "... não se pode criticar A, B ou C porque não se sabe se as pessoas têm disponibilidade e tal..." e aí percebi que estava em apuros. Passei de gajo educado que não se mete na vida de ninguém a RATO, medalha de ouro nos 500mt da dissidência!
Ao mesmo tempo que subia as escadas e digeria o sentimento de culpa, pensava pra mim mesmo: FODA-SE!!! Quem me dera morar numa vivenda. O que é que eu fiz para ter que dever alguma coisa a estes gajos, que nem são da minha familia, muitos deles nem os posso ver, tou me a cagar para os problemas deles e para os seus filhos e os tiques mesquinhos de querer parecer melhor familia que a do lado, porra, deixem-me em paz, quero viver sossegado!
Mais uma vez a confusão instala-se: o condominio é importante como qualquer união (comunidade) em prol de FAZER qualquer coisa positiva, mas é uma merda quando se intromete na tua vida e te julga às cegas. Eu não me consigo integrar no condominio, não gosto de ir às reuniões atirar à cara das pessoas que você não faz isto, ou não pode fazer aquilo, não me integro... não me adapto...
Terei problemas?
5 Comments:
At 11:06 da manhã, Catarina said…
ahaha !
eu nao me pergunto se tens problemas de integração mas antes ...
"ao morar num apartamento, envelhecer, entrar na rotina, família, etc, será que nos transformaremos todos nos teus vizinhos mesquinhos ? "
isso assusta-me mais.
At 12:21 da tarde, Anónimo said…
Pois é Ricardo...
Esta coisa dos condomínios é mesmo uma chatisse pegada! Mas a gaita toda é que à nossa volta não vemos quase mais nada que não sejam os ditos cujos.
Que saudades eu tenho de uma Marinha Grande (que já não existe) Uma Marinha Grande que morreu para dar lugar as essas 'aberrações' que são muitos dos prédios que, como cogumelos, apareceram por aí.
É evidente que viver num prédio com condomínio exige regras e as pessoas antes de comprarem um apartamento devem pensar duas vezes, de forma a não serem apanhadas na curva!
E essas regras são indispensáveis para o bom funcionamento da coisa, caso contrário é a anarquia total e o consequente abandalhamento dos prédios onde vivemos e, em minha opinião, ninguém gostará de viver em espeluncas sem condições de dignidade humana.
Já quanto ao comportamento da vizinhança é o que há e não haverá volta a dar-lhe sem uma profunda revolução nas mentalidades. Mas isso é outra história...
At 11:51 da tarde, Anónimo said…
Integração? Introversão? Solidão? Medo? Desenraizamento? Desinteresse? Comodismo? Individualismo? Muitas vezes , apenas e só falta de á vontade. Há uns anos ouvi uma história de um homem e de uma mulher que se conheceram num bar em Lisboa. E eis que senão quando descobriram que ambos viviam no mesmo prédio há muitos anos, um no 2ª andar outro no 11º.
É a sociedade dos nossos tempos. Vivemos muito para nós mesmos, depois para a família (os que a têm), cultivamos um circulo de amigos muito estreito e às vezes muito fechado, e o resto... um mundo que não interessa, um mundo que parece que nada nos dá e tudo nos tira.
Ricardo. Alguma vez pensaste em gastar duas ou três horas por semana a fazer voluntariado? Experimenta e verás como é bom!
At 12:16 da manhã, zé lérias (?) said…
AQUI VAI A MINHA RESPOSTA À PERGUNTA:
-O PROBLEMA NÂO DEVE SER ESSE.
SE PENSARMOS NO ASPECTO DESLEIXADO QUE GRANDE NÚMERO DE PRÉDIOS APRESENTA (PELO PAÍS FORA E TAMBÉM NA MARINHA GRANDE), PARECE-ME QUE O RICARDO TEM SORTE EM TER UNS VIZINHOS QUE NÃO QUEREM VER O SEU PRÉDIO INCLUÍDO NESSE LOTE...PODEM NÃO TER VERBA PARA POREM O PRÉDIO MAIS CONSERVADO E DE MELHOR ASPECTO, MAS ISSO NÃO OS DEMOVE DO SEU OBJECTIVO.
cada um é como cada qual.
Lá porque moramos no mesmo prédio não temos, de facto, que dar conta da nossa vida a ninguém, mas também não podemos é deixar de cumprir as normas aprovadas em reuniões de condóminos, pagando a alguém para que o decidido fique feito (caso não possamos, ou não queiramos, fazê-lo nós pessoalmente.
At 2:11 da manhã, Unknown said…
erre-jota, a minha falta de comparência não foi por comodismo, muito menos por solidão.
Se já pensei em fazer voluntariado? Várias vezes. também já pensei em fazer desporto.
Tenho má distribuição do meu tempo? Talvez! :) São as opções do momento. mas as pessoas vão mudando, felizmente.
Espero poder contribuir numa proxima.
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