Caça às bruxas
Estados Unidos, 20 de Outubro de 1947: o Comité de Actividades Anti-Americanas, liderado pelo senador Joseph McCarthy, iniciou as suas audições sobre o alegado "perigo comunista" de Hollywood. Tinha início aquilo que ficou conhecido como Caça às Bruxas, durante o qual suspeitos de serem comunistas foram perseguidos e inclusive foram destruídas reputações sob a base de meras suspeitas.
Reino Unido, dias de hoje: segundo notícias recentes o Ministério da Educação britânico solicitou aos professores universitários e outros funcionários a vigilância de alunos muçulmanos ou de aparência asiática no contexto da luta contra o terrorismo. Abriu a época oficial da caça à bruxa?
A história não se repete mas tem semelhanças extraordinárias...
obrado por Papa Ratzi @ sexta-feira, outubro 20, 2006
6 Comments:
At 12:35 da manhã,
Anónimo said…
É assim Papa Ratzi. Este nosso Ocidente lá vai caminhando de trambolhão em trambolhão até à queda final!...
E o pior de tudo é que nós, a carne p'ra canhão, nada podemos fazer!...
At 10:51 da tarde,
Anónimo said…
É evidente que se trata de "caça às bruxas".
Mas a verdade é que o próprio Ocidente é o caldeirão de onde saem aqueles que aqui criados e educados matam e estropiam inocentes cidadãos anónimos.
Não me repugna que os aparelhos estaduais tenham os grupos de onde, reconhecidamente, saem os terroristas sob vigilância.
Já agora, experimentem ir a um estado teocrático muçulmano e abrir um templo dedicado a um qualquer culto que não o muçulmano.
At 12:12 da manhã,
Anónimo said…
Eu não sei se será correcto analisar-se as duas situações da mesma forma. O caso americano é sobretudo ideologico, o que num pais que sempre se auto afirmou como baluarte da defesa das liberdades não fica nada bem. O caso dos emigrantes de paises muçulmanos é diferente. Não se trata de um problema ideologico ou de perseguição religiosa.
O problema é o mesmo da história do lobo ( mau) disfarçado de cordeiro num rebanho de ovelhas.
Reclamam dos outros respeito mas não tem pelos outros o respeito que reclamam para si. É evidente que não são todos iguais e os infiltrados com intenções maleficas são uma infima minoria. Mas é essa duzia e meia que espalham a dor e o sofrimento em comunidades inteiras. E hoje, como nunca, é na prevenção que está a solução e é preciso prevenir para que não se tenha de remediar.
Injusto para alguns? Concerteza. Necessário? Sem duvida.
At 1:18 da tarde,
carlos said…
Por causa da tal meia dúzia ficam milhões de pessoas conotadas negativamente, são discriminadas pelo aspecto e estilo de vida. Se isto não é retoceder décadas não sei o que será.
At 6:53 da tarde,
Anónimo said…
Comparar as duas situações e tentar dizer que é a mesma coisa é ridiculo!
At 11:08 da tarde,
Anónimo said…
Na origem do caso americano e inglês está o Fundamentalismo. Uma postura que apregoa a intolerancia, semeia a violencia, destroi vidas inocentes.
No que ao mundo Arabe diz respeito, a História recente mostra que os politicos ocidentais tem feito cagada atrás de cagada, disso não restarem muitas dúvidas. Que o terrorismo é a arma de arremeço contra tanta porcaria, é um facto.
Agora aqui estamos nos, Europeus, a viver sobre um barril de pólvora a vermos mulçulmanos " malvados" por toda a parte, a imaginarmos Bien Ladens em todos os sitios, as policias a chatearem todos os que tenham aparencia muçulmana, mesmo que o não sejam. E esta também é uma das razões para que a Europa dos 25 não queira a Turquia no seu seio.
Diz-se que a História se repete. Quem decide devia saber um pouco mais dessa História para que não cair nos erros do passado. É claro que não podemos pedir isso do sr. Bush que nem da história do seu país deve saber. Mas dos europeus com tantos e tantos anos de convivencia com paises mulçulmanos?
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