Caga Sentenças

Todo o Português caga a sua sentença. Neste espaço venho deixar a minha poia.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Verão quente de 2006


O Líbano não vai ser desocupado por Israel porque as forças armadas libanesas não têm poder suficiente para dominar o seu próprio país.
Devo concordar, de facto o Líbano não é suficientemente poderoso para suster a invasão israelita.
Reconheço o direito de autodefesa de Israel, condeno todo o tipo de terrorismo, sou contra aqueles fascizoides muçulmanos.
Mas autodefesa não significa destruir um país, as suas infraestruturas e a sua população civil.

17 Comments:

  • At 7:55 da tarde, Blogger Filipe Gomes said…

    Está tudo dito, em poucas palavras! Completamente de acordo!

     
  • At 8:17 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Bandeira de muito mau gosto.

     
  • At 9:34 da tarde, Blogger Papa Ratzi said…

    Sim, Lobo Mau, é uma bandeira de muito mau gosto. De facto o azul não condiz com o preto. Bom, foi apenas uma experiência minha com o Paint Brush.
    Agora falando a sério, com estes ataques (de parte a parte, diga-se) apenas será possivel extremar ainda mais as posições. Temo que tanto o Líbano como Israel possam vir a ter uma viragem para as suas extremas direitas. E isto não é nada de bom.

     
  • At 8:58 da manhã, Blogger carlos said…

    falam disso e esquecem-se de quem provoca. e fica tanto por dizer...

     
  • At 10:37 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Mas, afinal quem é que provoca quem?

    Aquilo é tudo uma gajada do melhor!

    Mas estou de acordo que a Israel, embora assistindo-lhe o direito à sua defesa, não lhe assiste, do todo em todo, o direito de arrasar um país só porque tem de combater o Hezzebolah... (que, diga-se, também não é flor que se cheire!...).

    No entanto, para mim, a origem do mal está na inflexibilidade (será arrogância?) que Israel mantem para com os seus vizinhos palestinos.
    Não esqueçamos que, desde há muitos anos, o estado judaico vem desrespeitando, da forma mais indecente, a Cijordânia, implantando ali os famosos colonatos... e o mesmo acontecendo em Gaza.

    Só vos digo, que já começa a não haver pachorra para aturar aquilo!...

    Por outro lado, eles vão criando os problemas e, depois, querem que a famosa ‘comunidade internacional’ lhes vá acalmar as brigas!

    Resultado: com tudo isto, lá vamos seguindo neste desassossego universal...

     
  • At 4:13 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    É preciso recuar na historia para perceber aqueles confrontos.

    Mas regressando apenas a 1947, com a resolução das Nações Unidas de criar dois estados, o que vimos foi Israel investir no seu pais de modo a torna-lo habitavel e por outro lado um espaço demografico habitado e gerido pela Jordania (West Bank) e pelo Egipto (Gaza).

    Então e porque é que até 1967 não fundaram um pais, que se chamaria Palestina ???!!!

     
  • At 4:15 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Por acaso tambem concordo com o Justo e Conhecedor. Esta guerra têm milénios de historia e há muita gente a ganhar com isso.

    Por exemplo a imprensa. Vejam só este brilhante exemplo de consagrados (???) meios de comunicação:

    www.aish.com/movies/PhotoFraud.asp

     
  • At 2:16 da manhã, Blogger Papa Ratzi said…

    A questão dura há mais tempo do que 1947, quando a ONU dividiu o Mandato da Palestina (sob administração britânica desde a derrota turca otomana na Primeira Grande Guerra) em dois territórios que deveriam ser os estados independentes da Palestina e de Israel.
    A questão começou quando Theodor Herzl criou o Movimento Sionista, o qual preconizava um regresso dosa judeus às origens, à Terra Prometida.
    Muita história passou desde que os Judeus foram expulsos pelos Romanos em 70 (fez esta semana anos) e os sionistas foram criar colonatos em territórios já reocupados à muitas gerações por outros povos (=Árabes).
    A decisão da ONU de 1947 herdou o ideal da Declaração Balfour, quase vinte anos antes, na qual os britânicos prometeram para o território estados separados para Judeus e Árabes.
    Pessoalmente creio que Israel é uma anómalia política, pois foi um novo país dado a um povo maioritariamente ausente durante mais de mil anos. Durante essa ausência muitos outros povos por lá passaram e desses talvez muitos deles também tivessem direito a fazer reinvindicações sobre a Palestina.
    É como se os Italianos viessem agora reclamar, como herdeiros dos Romanos, grande parte da Europa e que tal lhes fosse concedido, percebem?
    De qualquer forma, neste momento sou da opinião que quer os palestinianos árabes quer os descendentes dos colonos judeus do regresso à Terra Prometida têm direito a poder viver na Palestina/Israel, pois neste momento eles são já todos palestinianos (mesmo que não árabes)- habitantes da região da Palestina.
    Creio que a solução deste diferendo poderia passar, antes de mais, por muito boa vontede de parte a parte e depois, talvez, por um compromisso de poder como existe no Líbano, em que as várias etnias/religiões partilham o poder político (no caso libanês: presidente cristão maronita, primeiro-ministro sunita, presidente do parlamento xiita). Tem sido, no Líbano, um equilibrio que até funciona sempre que o país não é invadido (por Israel ou a Síria) ou quando não entram em guerra civil (como de 1975 a 1990).

     
  • At 9:41 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Só alguém sem conhecimento ou má vontade pode afirmar que “Israel é uma anomalia política”. A historia dos Judeus (Abraão, Jesus, Maomet) durante diferentes milénios são passadas neste local. É perfeitamente natural que este povo Judeu viva neste espaço, chame-se Israel ou outra coisa qualquer.

    Alem disso Israel é o único pais naquela região que criou uma democracia evoluída; onde se elegem democraticamente os seus representantes; onde há liberdade de expressão com vários jornais de diferentes visões; onde os tribunais são independentes do poder politico; onde, apenas como exemplo, se aceita as diferentes opiniões e o homossexualismo.
    Nem seria necessários mencionar Judeus famosos, como Karl Marx, Freud, Einstein, Woody Allen, mas referir que é um dos países do mundo que mais investe na educação e no desenvolvimento tecnológico. Só desta forma Israel consegue (por enquanto) sobreviver entalado entre paises Árabes, alguns dos quais com um desejo insaciável de os exterminar (Síria, Irão).
    No entanto, têm mantido um bom relacionamento e acordos de paz com os países fronteiriços: o Egipto, a Jordânia e até o Líbano.

    Sobre o compromisso de poder existente no Líbano, ele é essencialmente manipulado pela Síria e pelo Irão. Como podemos aceitar que um pais pacifico (nem lhe chamo democrático) aceite a criação no seu seio, de movimentos terroristas como Hezbolah. E para alem disso tem os seus representantes no parlamento Libanês.

    O despoletar desta guerra (que faz hoje um mês) não foi responsabilidade dos libaneses, nem dos israelitas, mas sim os braços terroristas que proliferam naquela região (para alem do Hezbolah, a Jihad Hislamica, o Hamas, as Brigadas de Al-Aqsa, etc.)

    Os povos que ali vivem, sobretudo os civis, gostariam de viver em paz. Mas para isso têm que eliminar os movimentos terroristas. São estes que não permitem, nem querem, a paz. E assim as vitimas (sobretudo civis) libanesas e israelitas, estão ao sabor de uns quantos fanáticos loucos, extremistas (quase sempre religiosos), que começam a guerra quando quiserem.

    É este o ponto débil do poder libanês – não conseguir eliminar os grupos terroristas, e como consequência teve uma vez mais o seu país devastado.

    Apenas como curiosidade, o Líbano é um território bastante pequeno, do tamanho do nosso Alentejo. E Israel é duas vezes maior.

    Todos, sobretudo os beligerantes e a comunidade internacional (começando pela ONU) deviam resolver a causa (parar os movimentos terroristas) e não minimizar os efeitos.

     
  • At 7:30 da tarde, Blogger Papa Ratzi said…

    Originalmente os Judeus nem sequer eram originários da actual Palestina/Israel. Foram um povo que migrou da Mesopotâmia (Babilónia e Ur no actual Iraque) sob a liderança de Abraão para Canaã, a Terra Prometida. Houve igualmente migrações do actual Egipto sob a liderança de Moisés.
    Uma vez estabelecidos os Judeus criaram na Palestina os seus reinos os quais acabaram sob o domínio de potências estrangeiras.
    Em 70 foram expulsos pelos Romanos após uma revolta e desde então os Judeus espalharam-se por parte da Europa, Ásia e norte de África.
    Creio que desde essa altura até ao século XIX o número de judeus residentes na Palestina foi diminuto. Foi com o Movimento Sionista de Herzl, em consequência de sangrentas perseguições contra os Judeus, que se iniciou a moderna migração judaica de volta à Palestina. Essa migração, talvez se possa falar mesmo em colonização, é a origem do actual Estado de Israel.
    Anómalia política, porquê? Primeiro, os Judeus não são originários da Palestina. Segundo, porque ocuparam um território que não lhes pertencia em resultado das tais migrações biblicas. Terceiro, porque o actual estado de Israel foi uma criação derivada da má consciência dos países europeus que após séculos de perseguições perconceituosas chegaram a um ponto em que era necessário limpar essa mesma consciência.
    De qualquer forma não defendo que os Judeus deviam ser corridos da Palestina/Israel. Acredito que também eles têm o direito de lá viver e reconheço que a nível interno tenham feito um bom trabalho nos mais variados níveis (democracia, educação, agricultura, etc.). Mas por outro lado critico a forma como as relações entre os povos da região têm sido conduzidas (esta critica vai também para os Árabes).
    Existem alguns motivos de preocupação pela minha parte: Israel é uma potência nuclear não signatária do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, apesar de democrático existem diversos partidos fundamentalistas judeus (Shas, Partido Unificado da Torah, Partido Nacional Religioso, etc) que muitas vezes chegam ao poder por coligação (habitualmente com o Likud, de direita nacionalista) e outros perfeitamente colonialistas que talvez um dia possam fazer como refens os governos mais moderados.
    Numa conjuntura longa de insegurança é uma possibilidade que até mesmo em Israel a democracia seja eliminada.

     
  • At 9:06 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Desculpa lá, mas não acredito que a democracia seja alguma vez eliminada de Israel. Está bem que existem alguns partidos radicais mas a população acredita em primeiro na democracia. Era a mesma coisa que por cá ou em qualquer país Europeu houvesse a probalidade de acabar com a Democracia.

     
  • At 9:51 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Os meus parabéns pela elevação da discussão. Só tenho pena que este blog não chegue a muitos mais, mesmo aqueles que têm responsabilidades – então em Portugal é uma tristeza pelo desconhecimento da situação, reagindo emocionalmente sem qualquer sentido.

    Por questões profissionais visitei uma mão cheia de países árabes e Israel, naturalmente conheci e conversei com os locais. Não tenho duvidas em afirmar que de todos, o país onde poderia habitar era Israel. É uma democracia perfeitamente esclarecida, onde a maioria fala Inglês (alem de Hebraico), onde passear pela marina de Tel Aviv, se assemelha a passear pela marginal da Nazaré.

    É um povo lutador, instruído, conhecedor e sobretudo imensamente empreendedor. Apesar de ser minúsculo comparado com todos os países árabes envolventes (vejam o site abaixo), consegue sobreviver. E se quisermos olhar economicamente também as relações destes países com a Marinha Grande, são francamente mais usuais com Israel: exportamos vidros, plásticos, moldes. È frequente ver Israelitas na nossa terra, e árabes ?

    Sobre Gaza, o povo é talvez o mais deprimido de toda a Terra. Sem trabalho, sem dinheiro, sem educação, é fácil desesperarem e enveredarem por caminhos errados. A culpa é essencialmente dos seus dirigentes. Como é possível ter 90% pobreza, e ter um líder (Arafat) que era dos mais ricos do mundo. Muito do auxilio humanitário em dinheiro era depositada na conta dele. Com lideres destes como é possível tranquilizar um povo, e colocá-los num patamar, mínimo de viver, será sempre mais fácil mobiliza-los para a guerra com os vizinhos Israelitas.

    www.masada2000.org/geography.html

     
  • At 1:17 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Excelente discussão.
    Parece-me que falta ainda falar nos nossos aliados EUA,e na possibilidade dos acontecimentos do último mês no Líbano e Israel serem resultado directo dos interesses dessa tão nobre nação.

     
  • At 9:08 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Os EUA têm interesses na região, não apenas em Israel, mas também em países Árabes. Quererem ser os policias do Mundo, têm-lhes causado alguns amargos de boca.

    No entanto, este desencadear das ofensivas neste momento teve outra origem: o Irão.
    Se bem se lembram, existia o agudizar duma crise crucial para a civilização moderna: o enriquecimento de urânio por parte do Irão. Com a guerra despoletada, quem ouviu mais falar deste problema ? E não tardará muito para que o Irão produza uma bomba nuclear.

    Com esta estratégia o Irão conseguiu ganhar tempo na comunidade internacional, e prosseguir os seus principais objectivos, para alem de tentarem uma vez mais eliminar Israel do mapa (tal como alguns outros países Árabes, nomeadamente a Síria).

     
  • At 1:02 da manhã, Blogger Papa Ratzi said…

    Também tinha reparado que a questão nuclear iraniana ficou um tanto esquecida desde que esta crise teve inicio, assim como ficaram um pouco esquecidos os ataques israelitas em Gaza.

     
  • At 2:18 da manhã, Blogger Mac Adame said…

    Se Portugal estivesse rodeado de árabes hostis por todos os lados e tivesse o poderio militar de Israel, queria ver o que fazia. Se não fizesse nada e deixasse que o seu povo fosse constantemente atacado, muitos dos portugueses que recriminam Israel passariam então a criticar o Estado português por não fazer nada para nos defender. Se Israel mata tantos civis, é porque estes apoiam (são usados, mas voluntariamente) os terroristas, servindo-lhes de escudo humano. Não hesitam em pôr as suas crianças debaixo das bombas israelitas para depois as usarem, mortas, na sua propaganda anti-semita. Israel, pelo contrário, protege como pode os seus civis e, sobretudo, as suas crianças. Não morro de amores por religiões e, como tal, não tenho nenhuma simpatia especial por judeus, mas basta olhar para a o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para verificar que o Estado de Israel é a única coisa de jeito que existe naquela região do mundo. Ocupa o 20º lugar mundial no IDH, à frente de Portugal, apesar de se situar naquela região conflituosa e de Portugal estar confortavelmente instalado no sítio mais pacífico da desenvolvidíssima UE. Quanto aos países árabes do Próximo Oriente, o Líbano, que até já foi apelidado de "Suíça do Próximo Oriente", não passa do 80º lugar no tal IDH. Dos outros nem vale a pena falar. Quando os muçulmanos quiserem viver em paz e tratar de se desenvolverem e fazer progressos dentro dos seus próprios países em vez de andarem a atacar quem não grita por Alá, terão paz com Israel. O pior é que esses fanáticos do século XXI (os islamitas) vibram com o cheiro do sangue, não estão interessados na paz. Quando os EUA invadiram o Iraque, invasão essa que não foi apoiada por Israel, choveram mísseis sobre Israel. Esses coitados levam sempre com tudo. No entanto, não vi nessa altura na Europa a indignação que se ergue agora contra os israelitas. O que me parece é que o anti-semitismo está enraizado também na Europa. Foi assim na Inquisição, foi assim com Hitler e as constantes acusações a Israel demonstram que continua a ser assim. Pelo contrário, a Europa tem acolhido os muçulmanos, tem-lhes dado abrigo, comida e até o estatuto de cidadãos europeus, e veja-se o agradecimento deles: tornam-se terroristas com o forte desejo de destruir a Europa que tanto lhes deu (quase todas as ameaças que o Reino Unido enfrenta não vêm de fora, mas de dentro, dos cidadãos britânicos muçulmanos). Não se pode confiar nessa gente. Só posso compreender os israelitas.

     
  • At 2:09 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Não é um problema de má raça...apenas de mau caracter e ódio cego a uma Nação! Começa logo a faltar o essencial: O reconhecimento de Israel como uma nação por esses merdas que se escudam em crianças, velhos, mulheres e até numa religião que sempre pregou o entendimento entre os povos!!

     

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