Parabéns Trinity

A 16 de Julho de 1945 o mundo entrava numa nova era. Nesse dia dava-se a primeira detonação nuclear, em que a bomba Trinity foi testada em Alamogordo, Novo México (EUA).
Não demorou muito a que do teste se passasse à práctica e pouco tempo depois novas bombas foram descarregadas sobre alvos civis (as cidades de Hiroshima e Nagazaki) no decorrer da Segunda Guerra Mundial.
Nos anos que se seguiram o mundo foi bipolarizado por duas potências nucleares. Foi a chamada Guerra Fria em que ambas potências (EUA e URSS) sabiam que a confrontação directa entre elas apenas levaria à autodestruição de todos. Assim graças às armas nucleares não voltaram a haver guerras mundiais. Mas as guerras continuaram e espalharam-se por todos os teatros possíveis e imaginários reflectindo a bipolarização Capitalismo/Comunismo.
Com o tempo o clube nuclear aumentou o número de membros. O Reino Unido, França, India, Paquistão, Israel, China e Coreia do Norte (penso que não me esqueci de algum) construiram os seus próprios arsenais nucleares e com a dissolução da URSS a Ucrânia e o Cazaquistão herdaram assim as suas armas atómicas.
A tendência é de não permitir que surjam novas potências nucleares. Daí que as pretensões do Irão ou as repetidas provocações da Coreia do Norte causem preocupações por todo o mundo.
Países tais como a China ou a Coreia do Norte, tais como o Irão, causam receios ao "mundo inteiro", por mundo inteiro leia-se supremacia militar ocidental. O mesmo não acontece com o Reino Unido, França ou Israel, países que como se sabe são democráticos logo não irão lançar-se em aventuras nucleares. Mas a democracia, tal como todos os outros sistemas políticos, encontra por vezes pretextos para dar a volta à questão sejam eles a libertação de uma nação oprimida ou uma guerra preventiva para resolver problemas futuros.
O problema não está em nações ocidentais terem armas nucleares, mesmo que até hoje foram estas as únicas a utilizá-las na guerra ou a testarem-nas sobre ilhas não evacuadas (nas Ilhas Marshall, Pacífico) para testarem em cobaias humanas os efeitos das radiações.
A bomba atómica só é boa quando é nossa...