Caga Sentenças

Todo o Português caga a sua sentença. Neste espaço venho deixar a minha poia.

quinta-feira, julho 06, 2006

Modern Revolution

Modern Revolution



Com tanta insatisfação geral motivada pela constante subida de preço dos combustíveis, taxas de juro, alimentação e da suposta crise, dei por mim a pensar em como seria se houvesse uma revolução nos dias que correm.
A revolução seria anunciada na tv, iria ser acompanhada bem de perto pelos media, milhares de jornais seriam vendidos, aparecia constantemente na televisão até á exaustão proporcionando belas audiências, vender-se-iam t-shirts da revolução, seriam fabricadas figurinhas e cadernetas da revolução, novas linhas de roupa de moda inspiradas na revolução apareceriam nas passerelles, quem não usasse roupa de revolução estaria “out”, a publicidade seria com temas da revolução: “Supermercados Aurélio, o Martin Luther King dos preços baixos”. Vender-se-ia queijo Ché Guevara, manteiga 25 de Abril, as celebridades apareceriam a posar no meio da revolução nas revistas cor-de-rosa, o kit revolução seria posto á venda e incluiria um cocktail molotov, uma mascara antigás e um crachá , seria vendido o CD da revolução, surgiria a nova série dos morangos com açúcar: a revolução, seria vendida, mediatizada e domesticada, quem está lá bem no alto encheria os bolsos mais que nunca enquanto o Zé desgraçado teria os seus cinco minutos de fama ao aparecer na TVI a falar ao telemóvel (até o Emplastro apareceria) e a causa seria posta em segundo plano, seríamos anestesiados e enganados pela nossa sede consumista de mediatismo, trocaríamos inconscientemente o punho de revolta pelo “olá mamã estou na tv”, o governo fabricaria culpados (bodes expiatórios) que rapidamente se demitiriam e o povo iria para casa todo contente e com um saco cheio de promessas assistir na tv o enterro de um direito universal e entregaríamos de mão beijada a nossa única alternativa quando as coisas ficam mesmo más.
Felizmente tudo não passou de um devaneio meu. Ou não?

5 Comments:

  • At 11:32 da tarde, Blogger Unknown said…

    Faltou-te dizer que a revolução ia ser festejada na rotunda.

     
  • At 4:26 da tarde, Blogger Papa Ratzi said…

    A revolução, esse sonho... Só é pena que por muito boas razões que tenham para acontecer acabam sempre por traír os seus próprios ideais. Para cada revolução há sempre um porco Napoleão como no "Triunfo dos Porcos" de Orwell.

     
  • At 4:44 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    É só olhar para o 25 de Abril e verificar os resultados práticos dos seus ideais... vêm algum??? Hmmm, poixxx... "mudam as moscas..."

     
  • At 11:21 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Pois é ZuLu...
    De mansinho, os interessados e os seus interesses, acabam sempre por cavalgar as revoluções e deixam o pobre sonhador, se não pior, pelo menos na chafurda do mesmo atoleiro de sempre!!!
    É a sina dos da 'mó-de-baixo'!...
    Até ao dia em que todos resolvamos por a esta bandalheira um grande ponto final.

     
  • At 2:12 da tarde, Blogger ZuLu said…

    O problema é mesmo esse. Ninguém esta disposto a arriscar a sua vida e a dos seus pela revolução porque para a revolução é necessário fazer grande sacrifícios ou, no mínimo, correr grandes riscos tais como perder o emprego, perder a qualidade de vida a que nos agarramos, todos tememos o facto de não estarmos a oferecer o melhor para os nossos filhos quando na realidade apenas estamos a criar novos escravos para futuros governos, sim escravos, porque a escravatura não tem necessariamente que ser uma corrente nos pés, uma corrente na mente de todos é bem mais difícil de partir que uma corrente física e é bem mais discreta. Os nossos filhos são cada vez mais dependentes do boné do Noddy, do telemóvel, computador e das sapatilhas xpto. O que é certo é que estamos cada vez mais dependentes de tudo, do preço do gasóleo, pão, etc. e isso é uma prisão, a dependência económica é uma corrente que nos limita o passo, não nos deixa fugir, obriga-nos a levar a nossa vida a trabalhar para alguém bem mais acima de nós, todos os meses temos que dar o nosso dizimo a alguém, alguém que leva a vida que nunca levaremos graças ao nosso trabalho e ao trabalho dos nossos filhos. A democracia actual pouco difere da monarquia medieval. É certo que existe a liberdade de expressão, mas do que nos serve a voz quando na realidade estamos afónicos? Ninguém nos ouve, os preços continuam a subir, nos temos que trabalhar cada vez mais (reformas), os nossos filhos tem má educação escolar, todos nos temos, cada vez pior, má assistência medica (privatização da saúde, logo, paga por nós), por isso digo, a nossa liberdade é limitada como uma trela, curta e firme. Descontamos do nosso ordenado para a segurança social, pagamos seguros que são obrigatórios (obrigatório pagar), pagamos a suposta “crise”, pagamos créditos a 40 anos, a melhor maneira de escravizar é mantendo um grupo de pessoas presas a algo (dependência económica), pensando que são livres. Modern Revolution? Talvez não. Acho que é mais modern slavery.

    Sociedade feudal
    A sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela protecção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).

    http://www.suapesquisa.com/feudalismo/

     

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