Caga Sentenças

Todo o Português caga a sua sentença. Neste espaço venho deixar a minha poia.

sexta-feira, março 10, 2006

Ônibus 174

aconselho vivamente a verem o filme Ônibus 174. não me venham com desculpas de que não estreou por cá e de que não está nos videoclubes. eu sei que não está, mas assim como usam a net para ler este texto, também o podem sacar. eu também o posso emprestar, para os mais preguiçosos. é o filme ideal para questionar quem é o bandido e quem é a ordem. para sentir o pulsar do brasil. para sentir o pulsar nervoso do mundo. para questionar factos do imediato. para ver afinal quem faz merda. depois de ver este filme, não aceito cá mais daniel sampaios nem pseudismos do género. vejam.



Ônibus 174
(Brasil, 2002). Direção: José Padilha. Na manhã de 12 de junho de 2000, nada indicava que aquele dia seria algo mais que um comum Dia dos Namorados no Rio de Janeiro. Mas um assalto dentro de um ônibus no Jardim Botânico fez o país parar por cinco horas em frente à TV. O ex-menino de rua Sandro do Nascimento, com arma na mão, não entrou em negociação com o policial que rendeu o ônibus em frente ao paradisíaco Parque Lage. E aquele assalto se transformou no Caso do Ônibus 174. Os protagonistas dessa tragédia foram investigados a fundo. Toda a história de Sandro foi recontada através de documentos nunca antes mostrados, depoimentos de amigos de vida na rua e parentes, e ainda de famosos, como Yvone Bezerra de Mello, que tem um trabalho importante com crianças de rua do Rio de Janeiro. Tudo isso serviu para que fosse feita uma análise da postura da polícia, da questão sociológica dos meninos de rua, da própria história da cidade que gera a tragédia do 174. As cenas das cinco horas de angústia dão o ritmo do filme. Cedidas pelas emissoras de TV, elas norteiam a história, intercalada pelos depoimentos e pelo material de pesquisa. Para quem não acompanhou o drama, o filme pode ser encarado até como um policial. Para quem viu o final, ele é só o início de um novo ciclo de incômodos que se colocam a partir da história de Sandro e dos passageiros do 174. 14 anos.



"Isto aqui não é filme de ação, não (...) o show vai começar agora (...) é para o Brasil ver mesmo. Não tenho nada a perder (...)"
Sandro Nascimento, seqüestrador que manteve por cinco horas reféns em um ônibus

artigos: na época | no observatório da imprensa | texas observer | folha | folha2 | ferreira gullar no folha de s paulo | ivan no bad trip

3 Comments:

  • At 3:58 da tarde, Blogger poisbem said…

    5.4. Sandro Nascimento, 21 anos

    Em doze de junho de 2000, por volta das duas horas da tarde, Sandro Nascimento embarcou armado no ônibus da linha 174, no Jardim Botânico, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. Ao ser notificada do fato, aparentemente por um passageiro recém desembarcado, uma patrulha da PM ordenou ao motorista do ônibus que parasse o veículo. Neste momento, Sandro Nascimento rendeu os passageiros, ameaçando-os com um revólver calibre 38. O motorista, o trocador e alguns passageiros conseguiram fugir, mas dez deles permaneceram como reféns.

    Foram solicitados reforços policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), do Leblon, do Grupamento Tático-Móvel (Getam), do 2O. BPM, de Botafogo, além de policiais civis e guardas municipais. O trânsito da região foi bloqueado e foi montado um cerco que manteve jornalistas e demais pessoas que acompanhavam o incidente a uma distância de 25 metros do ônibus. O episódio foi transmitido ao vivo e obteve ampla cobertura da imprensa nacional, atingindo grande repercussão em nível nacional e internacional.

    A operação de negociação foi conduzida pelo coronel José Penteado, do Bope, e pelo coronel Luís Soares de Oliveira, do 23º BPM. Três reféns foram liberados ao longo das quatro horas de duração do seqüestro. O diálogo com os policiais foi tenso. Sandro repetidamente ameaçou matar os reféns e inclusive simulou o assassinato de um deles. Procurava dificultar a visibilidade interna do ônibus, colocando camisas nas janelas e acionando o extintor de incêndio.

    Por volta das 18:50h, Sandro Nascimento saiu do ônibus utilizando uma das reféns como escudo. Apontando a arma para a cabeça de Geísa Firmo Gonçalves, 20 anos, Sandro negociava com o subcomandante major Fernando Príncipe. Neste momento, o soldado Marcelo Oliveira dos Santos, que se encontrava abaixado em frente ao ônibus, aproxima-se bruscamente de Sandro pelo seu lado direito e dispara duas vezes contra ele. Conforme verificado posteriormente pela perícia, nenhuma das balas atingiu o criminoso, que reagiu atirando três vezes contra Geísa. A refém foi gravemente ferida e morreu pouco depois no Hospital Miguel Couto. Sandro Nascimento, caído no chão, foi imediatamente conduzido por policiais ao interior da viatura policial que deveria levá-lo ao Hospital Souza Aguiar, no centro da cidade.

    Conforme demonstram as imagens do episódio, Sandro Nascimento foi levado com vida, e andando, ao camburão do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Segundo laudo do Instituto Médico Legal, Sandro não foi atingido por nenhum dos disparos realizados pelo atirador do Bope, o que comprova sua integridade física antes de embarcar no camburão da polícia militar. Embora sua ficha de encaminhamento ao exame cadavérico registrasse Perfuração por Arma de Fogo (PAF), o laudo pericial negou tal versão. Sua morte foi apontada como sendo resultado de "asfixia mecânica por constrição de pescoço". Os peritos indicaram sinais evidentes de asfixia, congestão intensa das vísceras e sangue escuro, o que confirma a hipótese de que Sandro foi vítima de enforcamento durante o trajeto que deveria conduzi-lo ao Hospital.

    Origem do relato: CJG - Centro de Justiça Global.

    http://www.global.org.br/portuguese/arquivos/sociedadecivilpart2.html

     
  • At 7:55 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Conheço, bom documentário. Mostra que o país que vemos nas telenovelas é apenas uma fracção daquela nação. Existem muitos problemas que fazem com que o Brasil seja terceiro mundista. O "grande" Lula que esteve anos e anos na oposição e só falava, pouco ou nada fez para resolver os problemas sociais. Fez como os outros antes dele, chegou, sentou-se e começou mamar nas tetas da corrupção!

     
  • At 4:48 da manhã, Blogger poisbem said…

    exacto, lobo mau.
    mas tb é uma posição confortável ver isto coo sendo a realidade do rasil.
    isto poderia ter sido em londres, massamá, paris ou onde fosse.
    eu vejo-o (claro que geograficamente) mas muito socialmente

     

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