Caga Sentenças

Todo o Português caga a sua sentença. Neste espaço venho deixar a minha poia.

sábado, fevereiro 18, 2006

O fascismo como ideal intemporal



Palestina, dias de hoje.












Olimpiadas de Berlim, Alemanha. (1936)











A História não se repete, mas tem as suas semelhanças.

4 Comments:

  • At 2:10 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Como o Papa Ratzi costuma ser mais prolixo, este seu post deixou-me um pouco confuso. Permitam-me o meu modesto contributo à complementaridade do dito post.

    Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, por indivíduos, ou grupos políticos, contra a ordem estabelecida. Entende-se, no entanto, que uma dada ordem pública também possa ser terrorista na medida em que faça uso dos mesmos meios, a violência, para atingir seus fins. Tendo em vista as notáveis acções dos últimos anos, o terrorismo ganhou significados variados e polivalentes. O grande fluxo de informações e/ou imagens geradas por esse tipo de comportamento tem tido grande influência na construção desses significados.
    Como é do conhecimento geral, o termo terrorismo de estado foi criado pela Ex-URSS durante a guerra fria para caracterizar uma estratégia repressiva criada e dinamizada pelos Estados Unidos. A Operação Condor. O termo terrorismo passou a ser comummente adoptado.
    Algumas organizações terroristas do século XX: - Brigadas Vermelhas na Itália, O IRA (Exército Republicano Irlandês), a OLP (Organização pela Libertação da Palestina), a Ku Klux Klan, a Jihad Islâmica, Abu Nidhal, a Al Qaeda e o ETA.
    Sabe-se que existem governos de diversos países que apoiaram ou apoiam grupos terroristas através de financiamento ou apoio logístico, fornecimento de armas e locais de treino. São os casos, entre outros, do Iêmen, da Líbia, e dos países que apoiaram o regime Talibã no Afeganistão, mas também dos próprios Estados Unidos da América e outros países ocidentais.
    O terrorismo existe desde a Grécia antiga. No entanto a violência dos ataques tem-se vindo a extremar. Nomeadamente devido a complexidade da estrutura dos estados e dos governos, cada vez mais burocratizados. O facto de se assassinar um líder não produz o efeito desejado levando à tentativa de maximização dos resultados do medo e do terror.
    A repressão política no âmbito de ditaduras pode ser também associada ao terrorismo, sendo paradigma dessa relidade o holocausto na Alemanha nazi, a repressão stalinista na União Soviética, a China de Mao, o Japão, o genocídio arménio na Turquia, a ditadura de Pinochet no Chile, o regime de Pol Pot no Camboja, a ocupação indonésia em Timor Leste entre outros.
    O terrorismo tem sido adoptado, nomeadamente no ocidente, quando os canais normais de negociação são fechados. Remetendo para a intolerância a responsabilidade pelo germinar dos actos terroristas. Indicando que fechar a porta à negociação e à diplomacia pode não ser boa ideia.

     
  • At 2:01 da manhã, Blogger Papa Ratzi said…

    Muito bem dito, Nemrod! Agrada-me a tua presença por estas bandas.
    Não era exactamente de terrorismo que eu tinha em mente ao colocar estas imagens. Pensava mais nas semelhanças entre o nazi/fascismo e o fundamentalismo islâmico. Ambas representam uma forma de nacionalismo exacerbado, têm formas de culto ao líder, consideram-se detentoras da verdade, sentem-se sob ameaça dos estrangeiros, têm ligações à religião e não olham a meios para atingir os seus fins.
    Para mim o fundamentalismo islâmico é uma espécie de fascismo do pobre.

     
  • At 1:42 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Na sua brilhante descrição de terrorismo, o nemrod esqueceu-se de uma forma de terrorismo costumeira na sociedade actual, que são os discursos do Bush à Nação, e as intervenções terroristas do Ribeiro e Castro.
    O islamismo radical difere do fascismo num ponto fulcral: enquanto que os regimes fascistas tinham presente uma figura de líder como ser quase perfeito (mas terreno), o radicalismo islâmico tem um líder inatingível. O que torna mais complicadas as tentativas anti-terroristas de "decepar" as organizações que levam a cabo estas práticas.
    Incluo também como formas de terrorismo os crimes de guerra perpetrados pelas tropas ocidentais contra presos muçulmanos - Abu Grahib, como já se viu, e Guantanamo, como tenho até medo de vir a ver- são exemplos puros de formas de terrorismo. O problema é que é uma forma de terrorismo basicamente inútil: afinal, torturar meia dúzia de pessoas não vai tirar alento aos líderes de grupos radicais.

     
  • At 5:09 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Obrigado Papa Ratzi pelo cumprimento e pela explicação. Agrada-me estar por aqui e para o meu agrado contribui a sagacidade dos teus posts. Uma agudeza que tens vindo a refinar ao longo dos anos. Agrada-me constatá-lo e obrigado por isso também.
    Gostaria no entanto dizer que não me parece descabida a associação entre extremismo político, extremismo religioso e terrorismo, como o Kanfos diligentemente acentuou.
    Não podemos ignorar que todos os tipos de extremismo acabam por conduzir ao terrorismo, o que por sua vez foi o tema do meu comentário mas não a sua essência.
    Obrigado a ambos pela oportunidade desta construtiva discussão de inquestionável valor na defesa da tolerância, da discussão e do bom senso. Bem hajam.

     

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