Terminou a Cimeira de Hong Kong

Sem quaisquer resultados visíveis, terminou a Cimeira Internacional para a Globalização da Corrupção, em Hong Kong.

Foram quatro dias de intensas negociações que reuniram representantes políticos de todo o mundo, de organizações de crime organizado, da Maçonaria, de ordens de advogados e das mais diversas multinacionais. Durante estes quatro dias discutiram-se essencialmente cinco pontos: as quotas para a eliminação de pessoas num quadro de concorrência global, as formas de exercer o domínio sobre as massas, as formas de rodear as leis dos Estados para permitir um mercado global, a divisão do mundo em áreas de influência e os níveis éticos para o pagamento de luvas aos mais diversos funcionários governamentais.

Neste último ponto verificou-se a total discordância que opôs os governos a todas as outras organizações presentes nesta Cimeira Internacional para a Globalização da Corrupção. Os governos pretendiam que o valor das luvas atingissem valores que os outros agentes corruptores consideraram "uma violação às normas de corrupção de um mundo civilizado e global", citamos.

No que respeita à divisão do mundo em áreas de influência foram também muitas as discordâncias. Os governos, as multinacionais e as organizações de crime organizado foram incapazes de se entender. Por exemplo, foi notável a falta de entendimento entre o governo nacional da Colômbia e os cartéis de Cali e Medellin, cada um dos quais a exigirem o reconhecimento de áreas de influência coincidentes.

Enquanto a cimeira decorria, milhares de manifestantes de todo o mundo protestaram violentamente nas ruas de Hong Kong tendo sido eficazmente reprimidas pelas forças políciais do território. Facto de que todas as organizações presentes na cimeira se congratularam.

Para o próximo ano está já marcada uma nova cimeira num local ainda a decidir. (Arroiters)