Dez sugestões para a quadra natalícia
Agora que a quadra natalícia se aproxima iremos ver a televisão invadida pela publicidade aos brinquedos e pelos filmes para a família com muitos pais natal, cães que só lhes falta falar e crianças abandonadas sozinhas em casa sem que a protecção de menores faça algo. Dá vontade de gritar! Mas não desesperem, o Caga Sentenças tem o gosto de vos sugerir dez filmes de qualidade certificados com caga-garantia. Para ver, rever, conhecer ou talvez mesmo oferecer:
"Underground", de Emir Kusturica. A história da Jugoslávia entre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Bósnia contada de uma maneira mordaz. Absolutamente fabulástico!
"A Laranja Mecânica" (A Clockwork Orange), de Stanley Kubrick.Uma história de violência para ver no Natal, contada por um mestre já falecido. Muita música clássica e porrada.
"O Sentido da Vida" (Monty Python's Meaning of Life), de Terry Jones. Uma comédia deliciosa que busca responder a uma das questões fulcrais da nossa existência: qual o sentido da vida? A não ver por pessoas religiosas.
"Luna Papa", de Bakhtyar Khudojnazarov. Comédia que nos conta a história da busca a um futuro pai que se foi embora pela menina grávida e pelo seu pai. Quem gosta dosa filmes de Kustorica certamente também vai gostar deste de um realizador do Tajiquistão.
"Gattaca", de Andrew Niccol. A história de um homem que tem um sonho que lhe é vedado pela sociedade onde vive. Ficção científica do mais alto nível.
"Dune", de David Lynch. Épico de ficção científica baseado na obra homónima de Frank Herbert. Superprodução que se revelou um fracasso financeiro e acima de tudo um filme de David Lynch do qual é possível perceber a história.
"Delicatessen", de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro. Filme passado num ambiente algo pós-apocalíptico, uma comédia de humor negro acerca de um hotel que é um talho e vice versa.
"Carne Humana Precisa-se" (Bad Taste), de Peter Jackson. Peter-senhor-dos-anéis-Jackson realizou antes de ser rico e famoso duas pérolas do cinema de tripas de fora e litros de sangue, o chamado cinema gore: "Braindead" e "Carne Humana Precisa-se". Com orçamentos que dariam apenas para pagar um único suspiro de um hobbit revelou que poderia triunfar com a sua imaginação sobre os milhões da industria cinematográfica.
"Amor Cão" (Amores Perros), de Alejandro González Iñarritu. Três histórias sem aparente ligação (os putos, a modelo e o assassino profissional) tendo apenas em comum os cães e a convergência para um violento acidente de viação.
"O Mundo Fantástico de Jack" (Tim Burton's The Nightmare Before Christmas), de Tim Burton. A esta selecção não poderia faltar um filme de Natal. Este filme de animação conta-nos uma história natalícia diferente, um Natal organizado consoante o espírito do Dia das Bruxas.
Quem quizer fazer outras sugestões tenham a bondade de as fazer.
4 Comments:
At 12:49 da manhã, Praça Stephens said…
Boas escolhas, sem dúvida.
Sabia que o "Delicatessen" quando fez a estreia em Portugal foi, salvo erro, na Marinha Grande ? pois é, foi no âmbito do festival de cinema fantástico, foi lá que o vi.
Já que pediu sugestões aqui vai a minha, um filme de Claude Leluche do início dos anos oitenta e que gosto bastante, "Les uns et les outre" e que há na FNAC para eventuais interessados
At 12:56 da manhã, Praça Stephens said…
Esqueci-me de referir tema.
trata-se da história violenta e trágica de quatro famílias ( uma americana, uma alemã, uma francesa e uma russa) antes durante e depois da segunda guerra mundial, aparentemente tão distantes, mas na realidade tão próximos, eram músicos
At 4:23 da tarde, Papa Ratzi said…
Creio que o "Delicatessen" não estreou no infelizmente desaparecido Festival de Cinema Fantástico da Marinha Grande. Foi também lá que o vi, mas recordo-me que me tinha sido aconselhado por amigos que na altura estudavam em Lisboa. De qualquer forma poderei estar enganado.
At 11:22 da manhã, Cão com Pulgas said…
Aconselho o "Le gout des outres" ou "O gosto dos Outros". Um filme genial sobre o gosto, a falta dele e, claro, o gosto que os outros têm e nos ficaria tão bem. Uma lição sobre a genuinidade dos gostos. Para artistas, apreciadores de arte e "wanna-be's".
Nota curiosa e talvez não inocente: A personagem principal parece um tuga. Não há como não nos identificarmos...
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