Umm al Jazeera, o reino do ouro negroUmm al Jazeera, um pedaço de deserto salpicado por oásis à sombra das torres de prospecção de petróleo. Um país onde a tradição se encontra de braço dado com o mundo moderno.
História
Corria o ano da graça de 1918. O mundo tinha acabado de sair de quatro anos de guerra mundial. Entre os derrotados encontrava-se o Império Otomano o qual foi desmembrado tendo uma boa parte ficado sob controlo ocidental. Redesenharam-se os mapas do Médio Oriente e onde duas linhas de um mapa não coincidiam surgiu uma fracção de menos de um milimetro de papel que na realidade significava uma área significativa de dunas junto ao Golfo Pérsico.
Nesse pedacinho de mapa vivia Mohamed bin Rashid al Jazeera e o seu hárem, juntamente com um rebanho de camelos. Mohamed bin Rashid al Jazeera tornou-se assim senhor de um território não reclamado por qualquer potência. Como tal autoproclamou-se sultão de Umm al Jazeera, um país no meio do nada. E lá seguiu a sua vida apascentando o seu rebanho.
Alguns anos depois, quando abriu um poço, jorrou petróleo para desgraça dos seus camelos, os quais acabaram por morrer todos de sede. Umm al Jazeera conheceu então uma viragem radical na sua história e logo aquele território chamou a atenção dos estrangeiros. Montaram-se então vastos complexos de prospecção de petróleo e o sultanato prosperou pela primeira vez.
A Mohamed bin Rashid al Jazeera sucedeu-lhe o seu filho primogenito, Yussuf bin Mohamed bin Rashid al Jazeera, que mandou edificar o que é hoje a capital, Djebel Allah Ackbar. A tradicional arquitectura foi rapidamente substituida por complexos de arranha-céus e monumentos grandiosos, tais como uma grande mesquita forrada a ouro e o Monumento ao Rolls Royce Falecido.
E o sultão faleceu, sucedendo-lhe o seu filho primogenito de uma fé inabalável em Alá, Ossama bin Yussuf bin Mohamed bin Rashid al Jazeera. Este utilizou os vastos rendimentos do petróleo para localizar Umm al Jazeera no mapa mundial das influências: comprou metade dos Estados Unidos, apoiou todos os movimentos de resistência islâmica e reuniu na capital a Internacional Terrorista. Criaram-se também sob o seu governo campos de treino e férias para terroristas, os quais tinham (e têm) ao seu dispor uma rede de hotéis de 7 estrelas.
O que visitar
Para além da já referida Grande Mesquita de Djebel Allah Ackbar, apenas visitável por pessoas descalças e de pés lavados, e do Monumento ao Rolls Royce Falecido (um cemitério de Rolls Royces cujos cinzeiros já estão cheios) são de destacar as torres de prospecção de petróleo e a grandiosa Estatua da Sharia, frente à qual é possível assistir a várias das grandes cerimónias regulares: a lapidação de adulteras e a decepação de membros aos ladrões.
A Estátua da Sharia, em Djebel Allah Ackbar.
Sociedade e economia
O petróleo domina a 200% a economia do sultanato. Este fez dos seus habitantes usufruidores de um estado sem impostos que atraiu multidões de imigrantes de muitos países que são actualmente mais de metade da população.
Apesar das mudanças modernizadoras que o petróleo trouxe ao sultanato a sociedade mantem-se bastante tradicional. As mulheres, por exemplo, estão proíbidas de sair à rua excepto quando acompanhadas pelo marido o qual segue na rua sempre a mais de cinco metros de distância. Estão também proíbidas de conduzir automóveis, de ter prazer no sexo, de se vestirem de forma a que seja possível avistar mais que as mãos ou a tudo o que é normal e natural na nossa sociedade.
No entanto, muitas delas enriqueceram a escrever livros do tipo "desgraçada-da-menina-que-vive-num-país-muçulmano-e-que-leva-porrada-por-tudo-e-por-nada-e-vai-com-muita-sorte-se-não-for-queimada-viva-com-ácido-sulfurico".
A Sharia é a lei vigente e são comuns os julgamentos em que o réu tem direito a ser julgado à porta fechada sem advogado de defesa e com condenação garantida. O réu deverá igualmente pagar a limpeza da espada que o decapitará na praça pública.
A aplicação da justiça célere no sultanato.
Política
Umm al Jazeera é uma monarquia absoluta. O sultão quer, manda e pode. Não existem leis escritas nem partidos políticos nem sindicatos, tudo se baseia na tradição e pode-se considerar o Corão e a Sharia como únicas fontes de lei e direito no país. Nenhuma oposição é aceite e nem pensar em eleições.
Para vigiar os cidadãos criou-se uma guarda semelhante à Inquisição, os MIB (Men in Burqa), que estão por todo o lado a vigiar as falhas de todos excepto da família real que habitualmente vai de férias para Las Vegas e outros destinos turísticos no estrangeiro para se dedicar fortemente ao putedo e à bebedeira.
Os temidos MIB, Men in Burqa.
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