Repatriamento, já!
Desde tempos imemoriais que o ser humano abandona o seu canto e utiliza todos os meios ao seu dispor para se fazer ao mundo. Seja por busca de aventura, do saque, de liberdade, de paz ou simplesmente de uma vida melhor o ser humano povoou todos os recantos do planeta e já pensa ir mais além.
Por vezes esse abandono do seu canto foi forçado, atravessou o Atlântico nos convés dos barcos negreiros em condições inimagináveis ou foi raptado das suas ilhas do Pacifico pelos blackbirders que despovoaram ilhas inteiras. Ao longo do século XIX a escravatura foi sendo abolida aos poucos mas os poderosos continuaram a necessitar de mão de obra exterior quando os nativos não eram suficientes ou para fazer o que estes não queriam.
Assim surgiram importantes comunidades de javaneses no Suriname, de chineses nos Estados Unidos, de italianos no Brasil ou de indianos em Fiji, só para citar alguns exemplos. Por vezes o relacionamento entre os recem chegados e os que já lá viviam tornou-se difícil, eram vistos como concorrência ou mesmo como uma ameaça. Tornava-se a situação ainda mais difícil quando o país hospedeiro entrava em guerra com o país de origem dos emigrantes.
As crises económicas, a má distribuição da riqueza, as leis nacionais que permitem que os imigrantes trabalhem por quantias que os nacionais não querem e a demagogia de alguns pretensos salvadores de pátrias tornaram os imigrantes em bodes expiatórios para os problemas de diversos países Europa fora. A associação entre criminalidade e estrangeiro e o medo da pobreza atiraram muitos eleitores para partidos de odor fascisante e xenofobo.
Num discurso recente Alberto João Jardim afirmou que os chineses e indianos não são bem vindos na Madeira pois seriam concorrência ao comércio local. Também falou com desagrado dos países do leste europeu. Com este discurso João Jardim deu um salto qualitativo deveras impressionante, deixou de ser o mero palhaço da Madeira para aderir à Liga dos Messias Fantásticos à qual já pertenciam senhores tão respeitáveis como Jean-Marie Le Pen, Georg Haider, Umberto Bossi, Gianfranco Fini ou o malogrado Pym Fortuyn.
Esquece-se o senhor Jardim que os indianos e os chineses são de todas as comunidades imigrantes aquelas que mais postos de trabalho criam, seja por cá seja noutros países. Esquece-se que estas comunidades são conhecidas por serem empreendedoras, daí o seu sucesso mundo fora.
Desde já apelo aos governos nacionais da África do Sul, Canadá, Estados Unidos e Venezuela para tomarem medidas urgentes para tratar do repatriamento de todos os madeirenses e seus descendentes residentes de volta para a Madeira. Se os estrangeiros não são bem vindos na Ilha-Jardim por que é que os madeirenses deverão sê-lo naqueles países?
Por vezes esse abandono do seu canto foi forçado, atravessou o Atlântico nos convés dos barcos negreiros em condições inimagináveis ou foi raptado das suas ilhas do Pacifico pelos blackbirders que despovoaram ilhas inteiras. Ao longo do século XIX a escravatura foi sendo abolida aos poucos mas os poderosos continuaram a necessitar de mão de obra exterior quando os nativos não eram suficientes ou para fazer o que estes não queriam.
Assim surgiram importantes comunidades de javaneses no Suriname, de chineses nos Estados Unidos, de italianos no Brasil ou de indianos em Fiji, só para citar alguns exemplos. Por vezes o relacionamento entre os recem chegados e os que já lá viviam tornou-se difícil, eram vistos como concorrência ou mesmo como uma ameaça. Tornava-se a situação ainda mais difícil quando o país hospedeiro entrava em guerra com o país de origem dos emigrantes.
As crises económicas, a má distribuição da riqueza, as leis nacionais que permitem que os imigrantes trabalhem por quantias que os nacionais não querem e a demagogia de alguns pretensos salvadores de pátrias tornaram os imigrantes em bodes expiatórios para os problemas de diversos países Europa fora. A associação entre criminalidade e estrangeiro e o medo da pobreza atiraram muitos eleitores para partidos de odor fascisante e xenofobo.
Num discurso recente Alberto João Jardim afirmou que os chineses e indianos não são bem vindos na Madeira pois seriam concorrência ao comércio local. Também falou com desagrado dos países do leste europeu. Com este discurso João Jardim deu um salto qualitativo deveras impressionante, deixou de ser o mero palhaço da Madeira para aderir à Liga dos Messias Fantásticos à qual já pertenciam senhores tão respeitáveis como Jean-Marie Le Pen, Georg Haider, Umberto Bossi, Gianfranco Fini ou o malogrado Pym Fortuyn.
Esquece-se o senhor Jardim que os indianos e os chineses são de todas as comunidades imigrantes aquelas que mais postos de trabalho criam, seja por cá seja noutros países. Esquece-se que estas comunidades são conhecidas por serem empreendedoras, daí o seu sucesso mundo fora.
Desde já apelo aos governos nacionais da África do Sul, Canadá, Estados Unidos e Venezuela para tomarem medidas urgentes para tratar do repatriamento de todos os madeirenses e seus descendentes residentes de volta para a Madeira. Se os estrangeiros não são bem vindos na Ilha-Jardim por que é que os madeirenses deverão sê-lo naqueles países?
3 Comments:
At 6:22 da tarde, Anónimo said…
Não tenho tanta certeza que criem assim tantos postos de trabalho. Tanto os chineses como os indianos parece-me que trabalham em familia. E é verdade que dão cabo de muita lojinha por aí anda. Acabaram com as lojas dos 300$00 e dos 150$00! (... Ou isso foi o euro..??) De qualquer forma, todo o homem é livre de tentar a vida onde mais lhe apetecer! Quem somos nós os portugueses para julgar os imigrantes!?!?!!
Mas sim, o Jardim esteve mal! Ainda pior do que nos desfiles de Carnaval!!! Mas não se surprendeu... esteve igual a ele próprio.
At 11:02 da tarde, Anónimo said…
Esqueceste-te nesse discurso bonito e politicamente correcto de falar sobre o "dumping" brutal que os chinese andam a fazer com tudo o que é produto. Para quem não saiba o termo "dumping" refere-se a vender produtos abaixo do preço recomendado. Os Japoneses eram mestres nisso, mas eram mais subtis e os países ocidentais tinham dificuldade em provar. Mas os Chineses... é ás claras! Moldes que saem mais barato que o preço do aço, blocos de granito 25 vezes mais barato! Roupas com o preço mais barato que o tecido a metro, etc,etc (atenção que os exemplos mostrados não são invenção). E como conseguem esse "milagre" socialista? Simples, existem vários factores que tornem os seus preços competitivos: Mão-de-obra extremamente barata ou escrava(existem centenas de campos de concentração por toda a China). Não acreditam? Em Moçambique uma empresa Chinesa esteve a fazer um grande edificio, a mão-de-obra não era da zona, era chinesa! Imaginam mão-de-obra mais barata que moçambicanos? Pois bem, os nossos amigos Chineses preferiram trazer uma "porrada" de pessoal da China porque...era mais barato!!
A outra causa para os produtos Chineses serem os mais baratos da Via Lactea prende-se com o facto do próprio Governo Chinês financiar a fundo perdido estas empresas, ou seja, as empresas podem pôr o preço que quiserem que o governo Chinês cobre as despesas! É brutal e irónico! Um governo Comunista está a usar o nosso jogo para dar cabo de nós, e faz batota sem qualquer complexos, pois são um mercado de 1 Bilhão de caralhos ansiosos por Coca-colas,Rolex, Mcdonalds,Mercedes e se a Europa faz alguma coisa...ZÁS fecha-se as fronteiras!! É de rir às lágrimas...ou não. Quanto às lojas chinesas de cá...é uma boa plataforma para os produtos chineses, sem etiquetas em português(nem em Inglês em muitos casos)sem o comprovativo de qualidade e muito menos qualidade em muitos produtos (fazem lembrar os produtos japoneses dos anos 50)mas baratos, muito baratos. Depois há o financiamento...desde agiotas chineses, lavagem de dinheiro das triades que exploram a comunidade chinesa(se gostam das mafias russas a extorquir o pessoal ilegal vão adorar as triades), ora esse dinheiro nunca é canalizado para a economia portuguesa e "arrebenta" com as lojas há volta. Por isso, apesar de concordar que o "Dinossaurio da Madeira" foi de uma estupidez abismal e que abordou completamente o assunto de forma errada(parecia que estávamos em Berlim, ano 1936)tenho de dizer, que os Chineses não são nenhuns santinhos...mas também não são nenhuns demónios. Continuam a ser gente que precisa de viver e comer, que estão num ambiente totalmente diferente da sua cultura,mas o verdadeiro perigo encontra-se nos manipuladores e gente sem carácter que usa o seu próprio povo para lucro, muito lucro. A falta de coordenação das naçoes europeias está a causar ainda mais prejuizo mas isso são outras cenas, para outras alturas.
At 5:44 da manhã, Papa Ratzi said…
É óbvio que o governo da República Popular da China não é flor que se cheire. Desde 1949 já deu mais que provas disso. No meu post não me referia à China mas sim aos chineses (e indianos). Não defendi nem nunca defenderei a maior ditadura que hoje existe. Eu falava no meu post aos direitos que outros povos têm de tentar uma vida melhor fora do seu país de origem e não em relação às practicas tiranizantes dos seus países de origem.
Enviar um comentário
<< Home