Olhe que não
O sentido de oportunidade da última campanha publicitária do Intermarché está ao nível do episódio em que, numa sala de aulas, todos se calam no preciso momento em que dizemos ao parceiro de carteira: " A setôra é boa, nas minhas mãos até guinchava".
O Álvaro Cunhal, autor da célebre expressão "olhe que não", morre no Inverno da vida, deixando consternados, ou pelo menos pensativos, milhares de portugueses. E o que é que a cadeia de supermercados medíocre faz? Tira o anúncio do ar por um par de dias, para evitar malentendidos? Não. No dia em que os noticiários abriram e fecharam com a ideia de que se perdeu um lutador anti-fascista, a ditadura da ganância aparece logo a seguir ao separador. Acham que assim, poupando os cinco tostões que perdiam com menos algumas inserções do spot, ganham a confiança dos consumidores? Será que julgam que não notamos o oportunismo da situação? Olhem que não...
O Álvaro Cunhal, autor da célebre expressão "olhe que não", morre no Inverno da vida, deixando consternados, ou pelo menos pensativos, milhares de portugueses. E o que é que a cadeia de supermercados medíocre faz? Tira o anúncio do ar por um par de dias, para evitar malentendidos? Não. No dia em que os noticiários abriram e fecharam com a ideia de que se perdeu um lutador anti-fascista, a ditadura da ganância aparece logo a seguir ao separador. Acham que assim, poupando os cinco tostões que perdiam com menos algumas inserções do spot, ganham a confiança dos consumidores? Será que julgam que não notamos o oportunismo da situação? Olhem que não...
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