A bicicleta na Marinha Grande
Um dos maiores simbolos da Marinha Grande, quase desde a sua existência é a bicicleta.
Quem é que não teve uma? Quem é que não sacou cavalinhos, fez peões e quem é que não punha pedacinhos de cartão agarrados à forqueta para fazer o barulho de uma mota? (bem, esta... se calhar nem todos :D) Quem é que nunca caiu? Quem é que não andou numa pasteleira Ye-Ye Deluxe? E quem é que nunca sujou as mãos com óleo a repor a corrente quando ela saltava?!
Fazia e faz todo o sentido andar de bicicleta na Marinha Grande. A cidade é practicamente plana. As nossas ruas são pequenas demais para haver trânsito. De bicicleta geralmente conseguimos sempre encurtar caminho e até ganhar algum tempo.
Já há algum tempo que as bicicletas escasseiam cá na Marinha, e por razões óbvias de comodidade (ou comodismo, como queiram), sobre as quais acho que não vale a pena falar de novo. Infelizmente não tenho bicicleta (desculpa Bruno por ter estragado a tua! :D) e até sou um dos que devia optar por ai. Mas a minha história é outra...
Gostaria muito de voltar a ver a nossa cidade cheia de gingas outra vez.
Na cidade de Aveiro existem as "bugas" que gratuitamente, nos proporcionam a oportunidade de passar um dia diferente a passear pelos vários pontos da cidade. Mas claro que isto só faz sentido quando há que ver na cidade. E em Aveiro há, vos garanto.
Contudo, esta ideia não faria sentido ainda na Marinha, pois não há nada que ver de especial na cidade senão uma zona industrial e fábricas velhas abandonadas com prédios á volta, embutidos onde quer que hajam 30Mt quadrados. Não faz sentido pensar em projectos destes enquanto não há um posto médico decente, enquanto há problemas de saneamento, um imbróglio de planeamento urbanistico que mata a cabeça a qualquer um e nunca agrada a todos. Ah... e dividas.
Mas quem sabe um dia teremos um roteiro de bicicleta interessante pelo "centro histórico" e arredores , com coisas interessantes para ver com uma bicla emprestada pela Câmara ;).
Utopias... eheh.
6 Comments:
At 11:57 da tarde, Anónimo said…
O primeiro relato sobre bicicletas ou algo similar é datado dentre os séculos XV e XVI, sob o esboço de um velocípede projetado pelo cientista e inventor Leonardo da Vinci (1452 - 1519). Este projeto era audacioso para sua época, constando de manivelas, pedais e ainda, engrenagem com transmissão por corrente, algo que só foi usado mais de três séculos depois. Existem também, relatos em forma de desenhos aplicados em vitral em uma Igreja construída em 1642 na região de Stoke Poges, Buckinghamshire - Inglaterra, ilustrados sob a figura de um anjo montado em um cavalo marinho com duas rodas.
Deixaram para trás um tempo áureo, clássico e romântico, que hoje não existe mais. + importante é:A bicicleta é sexo:saio pesquisando pela Rede quem foi o criador da bicicleta. Por incrível que pareça, ainda não achei a resposta. Mas a ele devo — e acho que posso mesmo dizer "devemos" — a primeira epifania, a primeira grande iluminação da existência que é descobrir-se subitamente suspenso no ar em secreta comunhão com as leis mais íntimas da Natureza. "Tudo é possível", ensina a bicicleta.SEXXXXOO
At 1:09 da manhã, Anónimo said…
Quem nunca sentiu o poder dum selim no traseiro? Nas minhas idas e vindas para a praia fiquem com grandes dores nas abébias por causa desse bendito selim!
E dores na genitália também!
Sexo com bicicletas é doloroso.
At 11:49 da manhã, mg said…
Ricardo, o vereador/candidato JPP dá-te a resposta em: http://joaopaulopedrosa.blogspot.com/2005/06/poltica-cultural.html
Segundo ele, locais Culturais não faltam na Marinha.....
Será que falamos da mesma Marinha??
hasta siempre
At 1:09 da tarde, Bruno Monteiro said…
É verdade!!
A minha bicicleta!!
Não desculpo... Só por causa disso é que eu ando a poluir este mundo, se não a tivesses estragado não tinha um carro!
Mas melhor que pensar em bicicletas para passear na cidade é pensar nelas para as deslocações do dia a dia, há tantas pessoas que o podiam fazer e não fazem... Eu sou um.
At 2:02 da tarde, Papa Ratzi said…
É complicado regressar à Marinha das gingas da nossa infância.
Naquele tempo ainda o nível de vida não era o que é hoje, poucas pessoas tinham carro e devido ao pequeno tamanho da Marinha Grande, sua topografia plana e pequena distância entre casa e trabalho justificavam cenas impressionantes como a confusão na Praça Guilherme Stephens aos sábados de manhã.
Depois as coisas mudaram, a nossa cidade tem mais carros de luxo ou pelo menos de gama média alta que numerosas sedes de distrito! Ter um carro tornou-se algo corriqueiro e o comodismo leva as pessoas a ir beber a bica nem que seja a menos de 500 metros de carro e se possível pôr o carro dentro do café ou do supermercado.
Também o trato dado aos ciclistas deixa muito a desejar, seja porque os automobilistas se julgam únicos detentores por direito das estradas seja porque não é prestigiante andar de bicicleta para fazer a vida normal. Entretanto veio a modo do BTT e aqueles que têm carro redescobrem o prazer de andar de bicicleta. Mas só ao fim de semana...
Eu sei do que falo, ando todos os dias cerca de 12 km de bicicleta e pertenço a uma minoria em vias de extinção que ainda faz a sua vida num selim.
At 11:17 da manhã, Anónimo said…
Bicicletas? Querem bicicletas?
Nas últimas autárquicas houve uma candidatura que fez das ciclovias dentro da Marinha, uma das suas bandeiras! Ninguém se lembra...Eu lembro!
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