A Guerra não é para meninos, é para homens de negócios!
E é um bom produto, acreditem.
Cada arma vendida é a garantia de futuros clientes. Quando um país recorre ao armamento, há sempre outro que responde da mesma forma. Quando um país chacina outro, aparece sempre um terceiro a castigar violentamente.
Cada arma vendida morre com o seu utilizador e cada utilizador que morre, é substituído. Logo, poderemos construir armas de acordo com a taxa de natalidade mundial, sendo que África está fodida.
Cada arma que dispara, senão para matar, pelo menos para não morrer, precisa de ser recarregada.
Na morte são disparados salvas. Na vitória, tiros para o ar. Assim, se não queremos atingir inocentes, sejam eles quem forem, devemos comprar sempre o melhor e o melhor está sempre para vir. Mais morte, mais devastação, mais orfãos, (mais João Paulo Pedrosas).
E a indústria floresce. Da mesma forma que os construtores de automóveis empregam engenheiros e projectistas, também os construtores de morte empregam mão-de-obra, fazendo refém um país em troca de alguns postos de trabalho.
Mas, como o futuro é dizimarmo-nos todos até netos, a Indústria das armas também aposta na inovação, na qualidade, na eficácia e até no baixo-preço dos seus produtos. Também faz descontos a grupos, se for por exemplo a Nato ou um grupo de países da União Africana. Também promove as novidades, também vai a feiras e faz demonstrações. Para que não restem dúvidas do nível de satisfação oferecido aos clientes, realizam-se mesmo Test Drives. O Iraque, o Afganistão e brevemente a Síria ou o Irão, comprovarão os bons resultados.
E depois há a publicidade em prime-time, na CNN, na SKY e até mesmo na Al-Jahzeera. Afinal, nada vende melhor a um consumidor assustado com a criminalidade do seu país, como um anúncio-demonstração. Pensar que a espingarda que fura a cabeça de um árabe terrorista também mata os pretos ou os hispânicos que nos querem roubar a casa, as mulheres e os empregos, pode ser reconfortante. As imagens de guerra vendem armas como pãezinhos quentes.
Não admira que se usem termos como "senhor da guerra". É preciso ser-se um senhor para levar a cabo um genocídio, seja ele na Libéria, nos Balcãs ou no Médio Oriente. A Guerra e o dinheiro que ela gera, cria amigos que são inimigos e vice-versa e de cada vez que este estado de graça muda, compram-se novas armas no revendedor do costume, mesmo que ele seja nosso inimigo.
Só há uma indústria mais obscena que a das armas, é a do petróleo e isso ainda vai ditando quem deve e quem não deve ser abatido.
O mundo é um stand de automóveis americanos e o Bin Laden, pasmem, é o vendedor do mês.
Cada arma vendida é a garantia de futuros clientes. Quando um país recorre ao armamento, há sempre outro que responde da mesma forma. Quando um país chacina outro, aparece sempre um terceiro a castigar violentamente.
Cada arma vendida morre com o seu utilizador e cada utilizador que morre, é substituído. Logo, poderemos construir armas de acordo com a taxa de natalidade mundial, sendo que África está fodida.
Cada arma que dispara, senão para matar, pelo menos para não morrer, precisa de ser recarregada.
Na morte são disparados salvas. Na vitória, tiros para o ar. Assim, se não queremos atingir inocentes, sejam eles quem forem, devemos comprar sempre o melhor e o melhor está sempre para vir. Mais morte, mais devastação, mais orfãos, (mais João Paulo Pedrosas).
E a indústria floresce. Da mesma forma que os construtores de automóveis empregam engenheiros e projectistas, também os construtores de morte empregam mão-de-obra, fazendo refém um país em troca de alguns postos de trabalho.
Mas, como o futuro é dizimarmo-nos todos até netos, a Indústria das armas também aposta na inovação, na qualidade, na eficácia e até no baixo-preço dos seus produtos. Também faz descontos a grupos, se for por exemplo a Nato ou um grupo de países da União Africana. Também promove as novidades, também vai a feiras e faz demonstrações. Para que não restem dúvidas do nível de satisfação oferecido aos clientes, realizam-se mesmo Test Drives. O Iraque, o Afganistão e brevemente a Síria ou o Irão, comprovarão os bons resultados.
E depois há a publicidade em prime-time, na CNN, na SKY e até mesmo na Al-Jahzeera. Afinal, nada vende melhor a um consumidor assustado com a criminalidade do seu país, como um anúncio-demonstração. Pensar que a espingarda que fura a cabeça de um árabe terrorista também mata os pretos ou os hispânicos que nos querem roubar a casa, as mulheres e os empregos, pode ser reconfortante. As imagens de guerra vendem armas como pãezinhos quentes.
Não admira que se usem termos como "senhor da guerra". É preciso ser-se um senhor para levar a cabo um genocídio, seja ele na Libéria, nos Balcãs ou no Médio Oriente. A Guerra e o dinheiro que ela gera, cria amigos que são inimigos e vice-versa e de cada vez que este estado de graça muda, compram-se novas armas no revendedor do costume, mesmo que ele seja nosso inimigo.
Só há uma indústria mais obscena que a das armas, é a do petróleo e isso ainda vai ditando quem deve e quem não deve ser abatido.
O mundo é um stand de automóveis americanos e o Bin Laden, pasmem, é o vendedor do mês.
2 Comments:
At 10:22 da tarde, Unknown said…
A evolução do Mundo é tanta, que entretanto o Apocalipse ao toque de um botão está para venda, num qualquer k-mart de grande porte. Comprem os vossos talhões no céu antes que seja tarde! :)
A lei da bala cala qualquer constituição, qualquer biblia, qualquer direito humano, qualquer democracia...
Só o amor pode calar a bala...
Receio que nunca o faça.
At 11:49 da tarde, Unknown said…
Esqueçam lá isto do amor! Até me estava a parecer verdade, mas depois lembrei-me dos crimes passionais, o ganha-pão d'"o crime".
Ora bolas, até o amor faz andar aos tiros. Ora porra.
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