Em terra de cegos, quem tem olho é deficiente.
O Ovirus parecia mesmo talhado para o lugar de mártir.
Em dois meses, transformou a noite marinhense, trouxe gente de fora, trouxe gente que estando dentro, estava por fora. Foi um palco maior que a Marinha. Esta Marinha pequenina, com a cabeça enfiada no girar de uma fresa.
Sinais dos tempos, deixámos de ter bicicletas na avenida para ter jipes no pinhal; já não fazemos piqueniques, vamos comer um Cheeseburger; temos a Dolce&Gabbana na downtown e temos o belo artigo chinês. Temos tudo para sermos felizes, até a praia está aqui ao pé e, no entanto, estamos cada vez mais burgessos. Mais consumistas, mais fúteis, menos marinhenses.
Na cidade onde nada se realiza sem a pompa e a circunstância de quem inaugura altos-fornos, um projecto que no subterrâneo mundo da contra-cultura dinamiza sem passar cartucho, é uma ameaça. É inoportuno, compreendem? Digamos que vai contra a agenda estabelecida, não a cultural que a câmara distribui, mas a política. Esta mais grossa onde constam coisas tão importantes como expropriações, adjudicações, muitas inaugurações e se o Sócrates ajudar, uma fábrica de televisores só para nós.
O processo pode ser lento e doloroso, como terá sido para alguns ver o Ovirus crescer longe da sua tutela, mas vale a pena. Pela música, pela poesia, pelas artes plásticas, pelo cinema e pela Marinha jovem, interessante e com talento, que os caretas e as dondocas da Câmara não conseguem acompanhar.
Bora lá insonorizar esta coisa com dinheiro angariado pelos sócios, não fosse o Ovirus uma associação cultural, e quando a obra estiver feita, chamar a vereação para cortar a fita e sorrir para a fotografia.
Fight!
Em dois meses, transformou a noite marinhense, trouxe gente de fora, trouxe gente que estando dentro, estava por fora. Foi um palco maior que a Marinha. Esta Marinha pequenina, com a cabeça enfiada no girar de uma fresa.
Sinais dos tempos, deixámos de ter bicicletas na avenida para ter jipes no pinhal; já não fazemos piqueniques, vamos comer um Cheeseburger; temos a Dolce&Gabbana na downtown e temos o belo artigo chinês. Temos tudo para sermos felizes, até a praia está aqui ao pé e, no entanto, estamos cada vez mais burgessos. Mais consumistas, mais fúteis, menos marinhenses.
Na cidade onde nada se realiza sem a pompa e a circunstância de quem inaugura altos-fornos, um projecto que no subterrâneo mundo da contra-cultura dinamiza sem passar cartucho, é uma ameaça. É inoportuno, compreendem? Digamos que vai contra a agenda estabelecida, não a cultural que a câmara distribui, mas a política. Esta mais grossa onde constam coisas tão importantes como expropriações, adjudicações, muitas inaugurações e se o Sócrates ajudar, uma fábrica de televisores só para nós.
O processo pode ser lento e doloroso, como terá sido para alguns ver o Ovirus crescer longe da sua tutela, mas vale a pena. Pela música, pela poesia, pelas artes plásticas, pelo cinema e pela Marinha jovem, interessante e com talento, que os caretas e as dondocas da Câmara não conseguem acompanhar.
Bora lá insonorizar esta coisa com dinheiro angariado pelos sócios, não fosse o Ovirus uma associação cultural, e quando a obra estiver feita, chamar a vereação para cortar a fita e sorrir para a fotografia.
Fight!
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