Caga Sentenças

Todo o Português caga a sua sentença. Neste espaço venho deixar a minha poia.

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Portugal, um país de deficientes

Existem demasiados deficientes em Portugal. Em certos momentos de impaciência, só não defendo que o Estado efectuasse uma solução final contra eles por uma questão de auto-censura. Esses deficientes causam-nos transtornos inumeráveis, colocam-nos a todos em perigo e são uma vergonha para o nosso país. O Estado pouparia muitos dos seus recursos se eliminasse fisicamente essa escumalha, para bem de todos nós.
Devo desde já deixar aqui uma distinção, para evitar confusões e que alguém me destrua a casa. Não me referia a todos aqueles que são portadores de deficiencias. A estes devemos ajudar no que for possível, criar condições para que tenham a vida facilitada neste mundo pouco preparado para pessoas que sejam diferentes e mais frágeis.
Os deficientes a que me refiro existem num número que é comparável a uma pandemia, são todos aqueles cuja falta de civismo coloca em risco a integridade física do próximo. Estes são deficientes de civismo. E não há estatística que nos mostre a verdadeira dimensão do problema. Só mostra os seus resultados.
É na estrada que encontramos o maior número de deficientes perigosos, basta olhar para a rua para vermos, sem ter muito que procurar, deficientes em excesso de velocidade, a fazerem manobras perigosas e a terem condutas, que mesmo que passivas, podem colocar as restantes pessoas em perigo. É vê-los estacionar em cima dos passeios, nas passadeiras, a não pararem quando devem para deixar passar os peões (porque estes deficientes têm sempre prioridade e proteção graças à sua armadura metálica). Existem casos em que eu até sou tolerante. Por exemplo, quando estacionam em cima de passeios de grandes dimensões sem que assim causem verdadeiro transtorno.
É no estacionamento que muitas vezes reconhecemos um deficiente. Até criaram regras próprias de trânsito, como aquela que não considera que um automóvel está estacionado pois tem dentro o condutor (o deficiente em pessoa, ao vivo e a cores) ou um passageiro. Para eles, isto não é um estacionamento mas sim uma paragem. Isto muitas vezes é derivado doutra conduta típica do deficiente, o querer pôr o carro dentro de um supermercado, de uma repartição pública ou de qualquer outro lugar. O azar deles é que estes locais não costumam funcionar em sistema de drive in. Impera o comodismo, o egoismo e a falta de respeito pelo próximo.
Para mim existem atitudes deficientes que não têm desculpa, excepto em situações de emergência. Passo a citá-las: o estacionamento sobre passeios estreitos obrigando os peões a terem de se deslocar pela estrada; o estacionamento em cruzamentos fazendo com que se perca a visibilidade de quem quer passar; o estacionamento indevido dos automóveis dos deficientes em lugares próprios para os portadores de deficiencia. Se as outras situações são basicamente comodismo esta atinge os píncaros da falta de civismo e respeito porque usurpa o lugar a quem dele necessita e que dele tem direito.
Para qualquer um destes casos a Lei deveria obrigar o deficiente a pagar uma coima, e em caso de reincidência deveria obrigar a tirar novamente a carta de condução. E em caso de nova reincidência não deveriam voltar a poder conduzir.
Vivemos num mundo que só está preparado a quem não é portador de uma deficiencia. Experimentem a dar uma volta pela vossa rua de olhos fechados para que tenham uma ideia do que será andar uns escassos metros entre carros sobre os passeios e outros obstáculos que para nós, pessoas "normais", são facilmente transponíveis. Experimentem andar numa cadeira de rodas (ou empurrando um carrinho de bebé) em muitas ruas cujos passeios são estreitos, e que para cúmulo, estão ocupados por automóveis.
O desenvolvimento de um país não se mede só por indicativos económicos ou pelo número de bens que se possui. Mede-se pela forma como a generalidade das pessoas (e das leis) trata aqueles que têm necessidades específicas devido ao facto de serem diferentes. E nisto somos perfeitamente subdesenvolvidos.

domingo, fevereiro 26, 2006

on fire

há pessoas que me metem muito medo,
não mostram o mínimo de raiva contra a sociedade

Visto na Tv

"Temos alunos das mais variadas nacionalidades, desde Ciganos, Angolanos, Romenos (...)"

sábado, fevereiro 25, 2006

Oremos...

!!!AAAAHHHH!!!

Oremos irmãos a Nossa Senhora de Felgueiras, a desaparecida, mas que ressuscitou a pedido dos crentes votantes conseguindo derrotar os demónios que a queriam enclausurar e retirar seu manto azul. Abençoada seja!!!
Aguardamos com fé a canonização em vida de Fátima de Felgueiras.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Retrocesso civilizacional


Eles
Longe vão os tempos em que a civilização muçulmana jogava cartadas de mestre naquilo a que chamamos de progresso. Na Idade Média os povos islamizados legaram-nos termos que ainda hoje utilizamos nas matemáticas, na astronomia e nas ciências em geral. Legaram-nos também soluções tecnológicas e arquitectónicas ainda hoje muito presentes em toda a Península Ibérica.
Os tempos mudaram e nos dias actuais o contributo dessa civilização está longe de ser olhado de uma forma positiva. As novas palavras de origem árabe, ou de outros povos muçulmanos, que vão surgindo no nosso léxico estão agora ligadas a um retrocesso civilizacional e carregadas de negativismo. Palavras como burqa, sharia ou fatwa, comprovam-no.
A última chance de alguma progressividade morreu quando caiu o véu aos governos reformistas de países como o Iraque, a Síria ou a Líbia revelando os seus crimes e o peso das suas lideranças.
Tornaram-se tiranos, uns hoje depostos outros à espera de um merecido pontapé no cu.
Os povos muçulmanos estão cada vez mais encurralados entre a ocidentalização e os devaneios religiosos de líderes de um nível medieval que anseiam por possuir armas de destruição massiça. O 11 de Setembro de 2001 fez-nos acordar de uma forma mediática para o seu caminho contra a evolução.


Nós
Nos últimos anos têm-se multiplicado indícios que mostram que a nossa poderosa civilização tem pés de barro. Vencemos a Guerra Fria, em que o confronto nunca poderia ser directo sob pena de destruição mútua (benditas armas nucleares) para embarcarmos numa nova guerra que estará longe de ser fria.
A vantagem de termos as armas mais poderosas pode-se desvanecer quando eles também tiverem as suas. Não me parece que então se vá repetir o equilibrio entre as super potências anteriores, uma vez que a civilização que cada vez mais se nos opõe tem um pensar tão diferente do nosso e não terá problemas para nos mandar todos pelos ares, incluindo eles mesmos. Devem ter uma fonte inesgotável de virgens no céu.
O medo e a desconfiança tende a confirmar o nosso próprio retrocesso civilizacional. Temos medo das crises económicas e da concorrência oriental, as quais nos obrigam a perder as regalias que conseguimos para a nossa sociedade e obrigando-nos a nivelar por baixo os nossos direitos para evitar o desemprego que nos leve a perder o pouco que é nosso. Temos medo da criminalidade cada vez mais violenta, e por acréscimo dos estrangeiros, e como tal tendemos a desejar uma justiça cada vez mais castigadora e menos com o intuito de reinsersão, a desejar que a justiça regrida à sua mais baixa condição: a vingança. Desconfiamos daqueles que elegemos, para nos representar nas altas instâncias do Estado, e do próprio sistema político e judicial num processo atiçado pelo sensacionalismo dos meios de comunicação social.
O próprio Estado tem medo. Sente-se ameaçado pelos terroristas e organizações criminosas. Como tal cria medidas que vão erodindo os nossos direitos como cidadãos em troca de uma suposta segurança, multiplicando-se as escutas telefónicas e video vigilâncias que nos fazem culpados até prova em contrário. A situações cada vez mais ameaçadoras respondemos com soluções cada vez mais agressivas e lesivas para os nossos próprios valores.
A literatura, particularmente a ficção científica, foi sempre um barómetro para o optimismo ou pessimismo da nossa civilização. Se os livros de Jules Verne, hoje com mais de cem anos, nos apresentavam um admirável mundo de progressos, com "Nós" de Yevgeni Zamiatin, "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley ou "1984" de George Orwell o optimismo desvaneceu-se ao sabor da ascensão de totalitarismos e das guerras que eles causaram. Nos seus livros, o estado todo poderoso concedia aos seus cidadãos a segurança contra um qualquer tipo de inimigo (um país estrangeiro, ideias herécticas, etc.) em troca da perda de direitos. Caminhamos para o futuro, meus senhores.

3,2,1, acabou o Caga Quizz!

Já tivemos acesso aos primeiros relatórios vindos da empresa de estatística por nós contratada e os resultados foram espantosos, bem como a participação, que foi em massa (tagliatelle).
-A resposta menos votada foi "O Caga-Sentencas devolveu-me a alegria de viver" com uns miseros 10.7%. O que prova que o leitor do Caga, tá de bem com a vida, um pouco como a Coca-Cola- Sensação de viveeeeer!
-Em quarto lugar o encontra-se a resposta "Estes questionarios sao coisa de revista de mulher e quem participa nisto so pode ser roto", com 17,9%. Daqui se conclui que temos 17,9% de votantes rotos.
- Outros 17,9%, extremistas, um comportamento muito em voga, dizem que os cagões "Sao uma cambada de calhordas, isto era atira-los a todos para um buraco e largar la uma bomba."
Desconfia-se que esta resposta proveio de uma célula terrorista do Camarnal, com ligações à Al-Cogulhe.
- Em 2º lugar, com 21.4%, ficou a simpática resposta: "É só fachos que so pensam em meter ao bolso". Na realidade, nós nem ganhámos muito dinheiro com isto, porque acabamos por comprar uma casita modesta, no Dubai. E ficamos com pouco. Fachos temos lá alguns no jardim para iluminar à noite.
-O primeirissimo lugar da primeira edição do Caga Quizz, você votou por que quizzz, é a resposta "São um bando de comunas e ateus que sabem falar mal", com 32.1% dos votos.
Fomos avisados pela empresa de estatistica e consultoria emocional (que serve refeições rápidas ao almoço) que houve uma votação viciada neste dado. A empresa reportou que os IPs dos votantes eram todos da Vieira. Falaram-nos até em SMS, panfletos e de um senhor de barbas.
Queremos aqui desmentir o facto de sermos comunas e ateus. E pedimos a esses senhores um pouquinho mais de respeito por quem anda aqui a brincar.

Acompanhem agora o novo referendo, desta vez com um imbróglio existêncial bicudo:
Quem nasceu primeiro?
Respondam e justifiquem.

Mas afinal o restaurante é onde???

Hein?

É preciso ter grande olho para o negócio e uma forte capacidade de marketing para tirar da cartola um nome destes para um restaurante. Porque não Restaurante a Cave?

Grande Buba!!!

Estou só desacansar

Nada como esticar as costas depois de uma grande bebedeira!!!

Invente frases sobre esta foto e ganhe rigorosamente nada.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Batalha de curriculos

O Caga Sentenças vai abrir um concurso de curriculos. O primeiro classificado terá o prazer de ser intitulado BBY- Best Boy of the Year e ainda ficar habilitado a um job.
Atirem os vossos curriculos, competências técnicas e cartas de recomendação. Dá-se prioridade a quem tenha cunhas no Café dos 25 (vulgo Coxo).

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Dinamarca liberta da democracia













A antiga Dinamarca tornou-se no Emirado de Al-Dan-Mark e juntou-se hoje à Liga Árabe e à Conferência Islâmica.
Como resultado da polémica dos cartoons de Maomé e dos protestos que se seguiram a rainha da Dinamarca, Margrethe II, abdicou e a comunidade muçulmana residente tomou o poder proclamando o Emirado de Al-Dan-Mark.
Liderados pelo imã Olaf bin Olaf ibn al-Mujahedin, os Guardiões da Revolução proclamaram a instauração da sharia em todo o antigo reino e proibiram qualquer representação em imagens do profeta.
Já se sentem no país as modificações instauradas pelo novo regime, por exemplo: anunciou um ambicioso projecto de enriquecimento de urânio com vista a produzir armas nucleares com fins pacificos, mandou cobrir todas as mulheres de burqa e deu aos seus maridos o direito inalienável de as espancar, proclamou a excisação compulsiva de todas as mulheres e sustituiu a bandeira tradicional, com a cruz nórtica branca sobre um fundo vermelho, pela nova bandeira composta de um crescente branco sobre um fundo verde.
Foram também encerradas todas as escolas do país pertencentes ao estado, a partir de agora o ensino será ministrado apenas aos meninos em madrassas.
O imã espera levar o país a níveis de prosperidade nunca vistos através da propecção de petróleo por descobrir na Jutlândia.
Foi igualmente instaurado uma nova forma de estado-providência, em que o estado deixa de subvencionar a população para que esta fique sob a providência de Alá.
Países como o Irão, o Paquistão e Arábia Saudita já se congratularam pelas recentes medidas tomadas pelo novo poder de Kopenhabad e forçaram todos os seus parceiros da Conferência Islâmica e da Liga Árabe a aceitar a adesão do emirado a estas organizações. O país espera entretanto aderir igualmente ao Crescente Vermelho, à OPEP e ao Eixo do Mal. (Arroiters)

Trasladation (ou a vitória de Andy Warhol)




"Empire" (1964), de Andy Warhol (em baixo)


"Sleep" (1963) de Andy Warhol (em cima)

A TVI anunciou durante toda esta semana que os domingos televisivos de seca iam acabar. Como tal, anunciou uma excelente programação do agrado das massas pontificada pelos "Morangos com Açucar" ou o "Inspetor Max", por exemplo. No entanto, para mim a melhor surpresa foi o filme "Trasladation" ao melhor estilo de Andy Warhol (1928-1987). Criador da chamada pop art também se notabilizou por alguns dos seus filmes dos quais destaco "Sleep" (onde John Giorno é filmado durante oito horas a dormir) ou "Empire" (uma filmagem de oito horas e cinco minutos do Empire State Building em Nova Iorque).

Ontem realizou-se a trasladação (ou se preferirem, a transladação) da Irmã Lúcia do Convento do Carmelo para a Basílica de Fátima. Durante horas a fio podemos observar o evento, acompanhado por comentários pausados e monocórdicos e com a excitação de um relato de um jogo de golfe. Para mim, o ponto alto foi a transmissão do filme que Warhol nunca realizou, "Trasladation", durante o qual foi filmado durante três horas, vinte e nove minutos e quarenta e dois segundos a viagem do carro funerário e duas carrinhas entre Coimbra e Fátima.

Durante todo este período, milhões de portugueses cultivaram-se com arte de vanguarda digna dos filmes de Andy Warhol. E numa solidariedade cultural nunca antes vista entre as cadeias de televisão nacionais três canais cartelizaram as atenções dos espectadores transmitindo o mesmo filme! Mais que uma homenagem à Irmã Lúcia foi uma homenagem ao falecido artista que na televisão portuguesa encontrou seus seguidores. Desde já um muito obrigado pela ousadia e pela programação cultural.

domingo, fevereiro 19, 2006

Caga-Leilão.

Puzzle

Vendo puzzle de madeira com 358.000 peças novinho em folha, ideal para pseudo-intelectuais e uma excelente alternativa para quando faltam as acendalhas. Depois de montado (como a imagem na embalagem) constitui uma fantástica peça de design Italiano.
Surpreenda as suas visitas com um barrote a servir como centro de mesa.
Inclui pinça para tirar lascas dos dedos.
A base de licitação é de 15€.

Abri um negócio

Entrei no ramo dos arredamentos. Simplesmente, arredo.
Image Hosted by ImageShack.us

sábado, fevereiro 18, 2006

O fascismo como ideal intemporal



Palestina, dias de hoje.












Olimpiadas de Berlim, Alemanha. (1936)











A História não se repete, mas tem as suas semelhanças.

Acerca da geada e de outros mitos

Existem mentiras ou incorrecções que pela via da constante repetição se tornam verdades indiscutíveis. Por exemplo, a queda da geada. Quantos de nós já ouvimos dizer que está a cair geada naquelas noites ou madrugadas em que faz um frio de doer. Na realidade, a geada é o orvalho congelado devido ao arrefecimento que cobre os corpos expostos. Ao contrário da crença popular a geada não cai, forma-se. Assim, nunca ouvimos os senhores meteorologistas ou aquelas meninas que apresentam os boletins meteorológicos, com o mesmo conhecimento de quem fala da actual situação política do Nepal, a dizer que está prevista uma precipitação de geada de não sei quantos milimetros cúbicos não sei aonde.
A queda da geada é uma dessas incorrecções, no entanto inofensiva. Muitas outras existem e são repetidas nas mais diversas situações. Estas sim, poderão não ser assim tão inofensivas.
Não querendo entar em teorias de conspiração, remeto-vos quatro exemplos de mentiras/incorrecções que poderão ser convenientes para a nossa deformação como cidadãos desinformados:

Mito # 1- A eleição do primeiro ministro
Nas últimas campanhas para as eleições legislativas tornou-se um hábito dizer que se elegia o primeiro ministro. Mentira. No nosso país o primeiro ministro é nomeado pelo presidente da república tendo em conta os resultados das eleições legislativas. Por norma, o líder do partido mais votado torna-se primeiro ministro mas existe a possibilidade de tal não acontecer.
Especulemos o seguinte cenário: numas futuras eleições legislativas o PS é penalizado devido às suas medidas "impopulares mas necessárias" pelo eleitorado. Imaginemos que o PS tem uma maioria relativa, o PSD fica em segundo lugar, o CDS-PP em terceiro e os restantes por aí abaixo. O presidente da república convida o Sr. Dr. Fulano Rosa, líder do PS, para primeiro ministro. Fulano Rosa tenta formar um governo de coligação, mas não consegue, porque os segundo e terceiro classificados são coerentes com os seus tempos de oposição, o Bloco de Esquerda vai deixando de estar na moda e vai perdendo eleitores e deputados e o PCP-PEV continua no seu caminho orgulhosamente só e com a permanente certeza que é o único detentor da verdade.
Como resultado, o PS tem um acesso de responsabilidade governativa e desiste de formar governo para evitar uma queda dias depois. Imaginemos que o PSD e o CDS-PP se aliam e formam governo com uma maioria absoluta. Assim, teriamos o Sr. Eng. Sicrano Laranja, líder do PSD, como primeiro ministro sem sequer ter ganho as eleições.
Mito # 2- Portugal é o país com mais feriados
Tem sido um lugar comum dizer que os portugueses gozam de mais dias feriados que quaisquer outros, situação que tem consequências nefastas para a produtividade. Mentira. Portugal tem actualmente 12 feirados oficiais e um que não sendo oficial vai funcuionando como tal: o Carnaval que nunca foi perdoado a Cavaco Silva pelos funcionários públicos. Tomando como fonte o sítio Global Sources verificamos que entre os nossos parceiros comunitários três países têm mais feriados que nós: a Suécia (17), a Áustria (14) e a Dinamarca (14).
Por mim, se temos demasiados feriados deveriamos eliminar todos os feriados religiosos, uma vez que Portugal é um estado laico e que a religião é um assunto que só diz respeito à intimidade de cada um.
Mito # 3- Este ano vamos trabalhar menos devido às pontes
Tem sido dito que devido à quantidade de feriados que este ano caiem à terça ou à quinta feira vamos trabalhar menos uma vez que iremos fazer mais pontes. Mentira. Contando com o Carnaval teremos cinco pontes. No caso da Marinha Grande serão seis, devido ao nosso feriado municipal (Quinta Feira da Ascenção). Ora para a maioria da população fazer ponte significa gastar um dia dos 22 dias úteis que tem direito, os quais correspondem a um ano de trabalho. Se eu faço ponte não estou a roubar um dia à sacro-santa produtividade mas sim a gastar um dia que me pertence.
Mito # 4- Portugal está em primeiro lugar na Europa no que é mau, e em último no que é bom
Fala-se que o nosso país está sempre na cauda da Europa em tudo aquilo que é positivo, e na dianteira naquilo que é negativo. Mentira. Tomando como fonte o sítio CIA-The World Factbook 2005 verificamos que Portugal tem altos e baixos ao nível do que é positivo ou negativo. Existe uma confusão entre o que é a Europa e a União Europeia e é normal referirem-se à Europa como se países exteriores à união não fossem europeus, uns ricos outros nem por isso. Isto só por si é um outro mito, uma vez que o nosso continente não se esgota na Europa dos 25.
Assim sendo, verificamos que Portugal tem uma taxa de mortalidade infantil de 5,05 por cada 1000 nascimentos, menor que a da Espanha (9,63/1000), da Grécia (5,53/1000), da Lituânia (6,89/1000) ou da Albânia (21,52/1000). Uma taxa de alfabetização de 93,3%, superior à da Albânia (86,5%) por exemplo. Uma esperança média de vida de 74,25 anos, superior à da Bielorrussia (68,72 anos) ou da Hungria (72,4 anos). Um rendimento per capita de 18 400 dólares dos Estados Unidos (convém referir que é dos EUA uma vez que o dólar da Guiana não vale grande coisa), superior à República Checa (18 100 USD), à Bósnia Herzegovina (6 800 USD) ou da Croácia (11 600 USD). Obviamente que isto são dados estastísticos e como tal podem ser manipuláveis, é preciso ter atenção a esse pormenor.
Ainda em relação à estatística, Portugal aparecia num nada mau 27º lugar do Indíce de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas em 2003 (fonte Wikipedia) o que nos colocava à frente de diversos países europeus, tais como a República Checa (31º), a Hungria (35º) ou a Ucrânia (78º) entre muitos outros.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Canal Caveira

Esta semana vi pouca televisão. No entanto, não quis deixar de assistir à trasladação do corpo da Irmã Lúcia para o cemitério de Fátima. Achei que foi uma boa trasladação, ao nível de outras a que o canal de Carnaxide nos tem habituado. Talvez não tão bonita quanto a da Senhora Dona Amália, que foi um sonho de trasladação, mas bem melhor que a da Aldeia da Luz, de produção mais pobre, apesar de ter ocorrido num bonito dia de sol. Resta-nos esperar pela próxima com ansiedade. Afinal, com o Penim a SIC está mesmo diferente.

Um gajo lança uma espécie de disco e 2 limpam-lhe o caminho como se aperfeiçoassem o lançamento.
Não seria mais fácil o lançador treinar melhor a coisa?

Freak Show

Aqui há atrasado, o JMG noticiava com orgulho e honras de primeira página: Esquiador marinhense nos Jogos Olímpicos de Inverno.
Não obstante não haver neve na Marinha Grande, salvo nos fins de semana em que o Sporting ganha ao Benfica, também vivemos numa das regiões menos acidentadas de Portugal. Nem um monte, uma colina, uma encosta mais acentuada, uma ponta de um corno, nada.
Pródiga em dar ao mundo as maiores aberrações, até me admira que o Quasimodo não tenha nascido cá, a Marinha pôs a primeira Septuagenária a fazer queda livre, o maior copo de três no Guiness entre muitas outras façanhas que podíamos estar aqui uma tarde a enumerar. Como a mim não me apetece, deixo aqui o repto. Mas depois devolvem-mo, se faz favor...

Coisas em que os marinhenses se notabilizaram:

a) No Ski de fundo (já sabemos)
mais...:

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

O Zezinho



5 777 676 eleitores portugueses não votaram no primeiro referendo nacional da nossa história. Preferiram um dia de praia, de campeonato mundial de futebol ou uma ida ao centro comercial da área de residência. Nesse domingo de 1998 saía vitoriosa a campanha "pelo direito à vida" a qual ganhou por uma margem que apenas mostrou que a questão da interrupção voluntária da gravidez, vulgo aborto ou desmanche, é fracturante na nossa sociedade.

Os 5 777 676 eleitores que nem disseram sim nem não corresponderam a cerca de 70% do total! Isto quer dizer que dos restantes 30% que votaram o "não" venceu com pouco mais de metade dos votos expressos, portanto uns 16%. Assim 16% decidiram por todos. Se a vitória tivesse sido do "sim" continuaria a ser a mesma situação. Só meia dúzia de gatos pingados se deu ao trabalho de se apresentar às urnas.

A actual lei do aborto, de 1984, em teoria é boa. Permite-se o aborto em caso de violação da mulher e em caso desta ou do seu feto estar em perigo de vida. À primeira vista isto é suficiente, mas quando os abortos ilegais se fazem diga lá o que a lei disser por não contemplar outros casos também importantes (tais como as questões económicas ou a maturidade da futura mãe, por exemplo) verifica-se que a lei de 1984 não é assim tão boa. Esta lei permite que uma futura mãe pobre, ou apenas remediada, vá abortar em condições que a poderão colocar em risco de vida, ou em alternativa uma futura mãe com mais posses sempre pode ir até Badajoz comprar caramelos e fazer um aborto nas condições que uma clínica permite. A lei que deveria ser universal torna-se na prática discriminatória pois nem todas têm a possibilidade de resolver o seu problema de uma forma segura. A lei esquece também que quem aborta não o faz de ânimo leve, e mesmo que tudo corra bem hão-de ficar marcas para o resto da vida nas mentes dessas mulheres.

Na campanha do referendo ao aborto de 1998 esgrimiram-se opiniões, no fundo talvez todos tivessem a sua razão. Enquanto a campanha pelo "sim" lutava principalmente pelo direito de decisão, a campanha do "não" defendia o direito à vida. Esta criou a figura do Zezinho, representando todos aqueles fetos que um dia seriam os homens e mulheres do futuro. Na campanha, quanto a mim, faltaram os exemplos de outros países (tanto em relação ao não como ao sim) para poder fazer comparações. Aliás faltam muitas vezes esses exemplos em muitas ouras decisões de interesse nacional. Não quero dizer que se deve copiar tudo o que os outros fazem, mas pelo menos podemos ter uma ideia de como as coisas se processam.

Pela nossa lei, uma mulher que aborte em território nacional à revelia das condições da lei de 1984 é uma criminosa. E de vez em quando os jornais falam-nos dessas criminosas que por terem o azar de não poder ir a Espanha foram apanhadas pela lei deste lado da fronteira. Àquelas que o podem fazer a lei não as agarra. E o Zezinho morre em ambos os casos.

Há uns anos uma senhora madeirense estava grávida de seis gémeos, como resultado de um tratamento de fertilidade. Apesar dos avisos dos médicos que lhe aconselhavam a não dar à luz todos eles, esta senhora decidiu que todos eles haveriam de nascer. De facto escolher este ou aquele feto para nascer enquanto os restantes deveriam morrer seria uma decisão no mínimo cruel. Gerou-se toda uma campanha de solidariedade por uma sociedade que a viu como uma heroina. Recebeu seis camas, uma por cada um dos seus zezinhos que haveriam de nascer. E nasceram, mas infelizmente nenhum deles veio a sobreviver. Não imagino o estado de espírito desta senhora vendo todas as seis camas vazias. Prometeu voltar a tentar a sorte, mas desde então nunca mais se ouviu falar dela.

Obviamente que ninguém a chamou de criminosa devido à sua decisão, que não escolhendo qual dos seus fetos deveriam viver para que os outros sobrevivessem acabou por dar o seu contributo para a morte de todos. Saiu desta história como uma heroina e o Zezinho morreu de qualquer maneira. É simplesmente de uma ironia atroz.

Não chamo a essa senhora de criminosa, nem sequer por negligência. Não tenho esse direito, ninguém tem. Pelo menos teve o poder de decisão. Por outro lado não chamo uma mulher de criminosa por abortar fora dos parâmetros que a nossa lei o permite fazer. Também não tenho esse direito.

Para mim nem o Estado tem esse direito, quando os apoios dados às mães carenciadas estão longe de serem suficientes. O Zezinho deve nascer mas cabe a quem lhe vai dar vida decidir quando.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Tenho duvidas

Esta semana, vi no noticiário, um grupo de enfermeiros que protestava por melhores condições de trabalho, que proclamavam um contrato de jeito, visto que os contratos que lhes são impostos são de termo certo. Uma moda que pegou com os professores e que agora alastra para outros sectores. Pelo que sei, este caso acontece não só com enfermeiros, mas também com analistas, e provavelmente com qualquer recém contratado de um hospital.
Estas medidas surgem sempre em nome da Santa redução de despesas, usando e abusando da vida pessoal de cada um para o efeito.
Agora, peço a vossa ajuda pra me esclarecer, pois como sabem sou muito maçarico e nada sei sobre economia, gestão e governação.
Será que este acumular de contratos a termo certo não prejudicará a economia em vez de a ajudar?
Vamos ver: Qualquer pessoa que esteja a viver com um contrato de 6 meses não tem condições de planear o futuro, não pode comprar casa ou qualquer outro bem que requira um crédito. Supondo: Um enfermeiro que seja contratado a termo certo por 6 meses, com 3 renovações permitidas, no fim do contrato tem direito ao fundo de desemprego, ou seja, o Estado estará a pagar a um desempregado, 80% do seu ordenado, quando ele podia estar a produzir, certo?
E as vidas das pessoas, ficará praticamente privada de ter uma situação familiar equilibrada, porque afinal, não sabem onde vão viver daqui a 6 meses! Pensando nisto numa escala maior, não teremos uma sociedade mais envelhecida, menos produtiva, mais insatisfeita e injusta?
E aos efectivos, são lhes avaliadas as competências? Soube de um caso, que se passa ainda hoje no Hospital dos Covões, de uma funcionária do hospital, já com muitos anos de "casa", que simplesmente não sabia fazer nada. Não sabia fazer nada, pronto! Era desajeitada, tinha pouco método, enganava-se mais do que acertava, já era unânime que mais valia ela estar quieta, do que tentar fazer alguma coisa, já que ela se enganava até em coisas estupidas como tirar fotocópias. Então num cantinho de uma sala, havia uma mesa e uma cadeira por trás de um biombo. E aí esta senhora, dormitava ou lia umas revistas cor-de-rosa para ajudar a passar o tempo. E recebe cerca de 300 contos por mês, para não fazer nada. Simplesmente porque fica mais caro despedi-la do que mantê-la até à reforma. Agora pergunto: Então e a senhora é intocável? As competências? O serviço? O meu dinheiro :D ?!
E este é so 1 caso. Imaginem quantos mais haverá...
Porque não dar direito ao trabalho a quem quer trabalhar e precisa de estabilizar a vida?
Quanto tempo demorará até que deixemos de ser tratados como numeros, e que nos sacrifiquem a nossa vida para pagar uma divida que não foi contraida por nós? Sim, porque o défice, esse bicho papão que entra em nossa casa, não fui eu que o criei! Porque é que temos que ser sempre nós a pagar tudo? Os senhores estão sempre intocáveis, a função publica continua a ser lenta e burocrática e velha e aumenta-se a idade da reforma.
Há dias, nouto blog marinhense, num post muito interessante sobre a nova prestação para idosos, JPP falava no verdadeiro papel do Estado Social...
Onde é que ele está? Onde está essa justiça?
É que, dou por mim cada vez mais bronco. Quanto mais me tento informar sobre as coisas, mais digo coisas do género, "eles são todos uns gatunos e uns aldrabões e bla bla bla..."
Este meu post soa mesmo a "Olha, este esteve a dormir e acordou agora..." mas acho que isto merece discussão.

x

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Central, ainda temos um taxi para este senhor?

Freitas

Freitas do Amaral, num esforço diplomático ridiculo, defendeu a criação de uma liga de futebol euro-arabe, com o objectivo de juntar os povos.
Muito bem! Ora o meu caro ministro terá esquecido que em futebol, há duelos, confrontos, rivalidades, e muito filho de muita mãe sentado na bancada a ver o jogo.
Não me parece que qualquer selecção europeia saísse viva de qualquer jogo disputado com nações do médio oriente.
Mas fica o esforço do ministro...
Central... sai um táxi para este senhor.

Frases soltas

-"Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para satisfação dos habitantes."

-"Esta nova terapia traz esperanças a todos aqueles que morrem de cancro a cada ano."

-"Os sete artistas em campo compõem um trio de talento."

-"A vítima foi estrangulada a golpes de facão."

-"Um surdo-mudo foi morto por um mal-entendido."

-"Os nossos leitores nos desculparão por este erro indesculpável."

-"Há muitos redactores que, para quem veio do nada, são muito fiéis às suas origens."

-"No corredor do hospital psiquiátrico, os doentes corriam como loucos."

-"Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva."

-"A conferência sobre a prisão de ventre foi seguida de um farto almoço."

-"O acidente provocou uma forte comoção em toda a região, onde o veículo era bem conhecido."

-"O aumento do desemprgo foi de 0% em Novembro."

-"O cabrito-montês ficou morto na estrada durante alguns instantes."

-"As circunstancias da morte do chefe de iluminação permanecem rigorosamente obscuras."

-"O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos."

-"À chegada da polícia, o cadáver encontrava-se rigorosamente imóvel."

-"Parece que ela foi morta pelo seu assassino."

-"Ferido no joelho, ele perdeu a cabeça."

-"Os antigos prisioneiros terão a alegria de se reencontrar para lembrar os anos de sofrimento."

-"A polícia e a justiça são duas mãos do mesmo braço."

-"O acidente fez um total de um morto e três desaparecidos. Teme-se que não haja vítimas."

-"O acidente foi no tristemente célebre Rectângulo das Bermudas."

-"Este ano, as festas do 4 de Setembro coincidem exactamente com a data de 4 de Setembro, que é a data exacta, pois o 4 de Setembro é um domingo."

-"Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio trata-se de um incêndio."

-"O velho reformado, antes de apertar o pescoço da sua mulher até à morte, suicidou-se."

domingo, fevereiro 12, 2006

Fatima Felgueiras em Fátima com Felgueiras

noticia

Ui:
-"Tenho fé em Fátima. E também tenho fé na presidente"- Maria das Dores - Não percas a esperança, Maria
-"Ela fez muitas coisas e trabalha muito"- Cidadã de Felgueiras. (Restava acrescentar: Até foi ela que nos pagou a viagem. )
-"Cinquenta e cinco autocarros saíram de Felgueiras rumo ao santuário de Fátima"- JN - Os peregrinos já não são o que eram...
-"Fátima Felgueiras sublinhou que esta nasceu de «um movimento espontâneo»"- Já tou a ver, estavam os 3000 e poucos felgueirenses no café e decidiram: Porque é que não vamos a Fátima amanhã?
-"Fátima Felgueiras afastou essa questão (...) «Eu não agradeço essas coisas a Nossa Senhora»".- Mais uma vez, devia ter concluido com: "mas sim ao povo de Felgueiras, que tem sido tão generoso para mim"

É muita crença junta. Spooky...

Vocês têm umas ideias muito engraçadas



Imã Abu Hamza al-Masri (Mustafa Kamel Mustafa)

"Não se dirijam ao homem que vende na loja de vinhos para o convencer a vir à mesquita. Certifiquem-se de que a pessoa que lhe deu a licença deixe de ter existência na Terra. Acabem com ele."

"Matar um ‘kafir’ que vos está a desafiar é correcto. Mesmo que seja por qualquer razão, está correcto. Ainda que não haja qualquer razão, está correcto."

"Vocês têm de conhecer a causa de Alá e têm de ajudar a causa combatendo. E, quando se combate, mata-se. Não se combate para negociar ou para gravar vídeos ou áudios, combate-se para matar."

"Eles têm de enfrentar uma punição, têm de enfrentar o vírus para onde quer que vão. " (Hamza defendia que o VIH aparecera para castigar os homossexuais).


Padre Nuno Serras Pereira

“a homossexualidade é uma doença"

"o aborto é um crime pior do que a pedofilia"

“o lóbi gay manda nas televisões”

“um casal sem filhos não é uma família”

“qualquer relação sexual que não vise a procriação é perversa”

“Neste comunicado, eu não falo da contracepção enquanto tal, mas há pílulas que têm efeito abortivo, tal como o DIU. Falo sim da morte de seres humanos inocentes em qualquer fase da sua existência. Falo de homicídio.”

sábado, fevereiro 11, 2006

AVISO Á POPULAÇÃO



ATENÇÃO!!!

O colectivo POIA adverte:

O SAL faz mal à saúde, consumir com moderação.

Sal
Colectivo POIA de bem com a vida.....

toothpaste for dinner

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

A origem da espécie


Darwin que se cuide. Recentes descobertas feitas por paleontólogos poderão alterar toda a nossa concepção acerca da origem da espécie humana. De início a sua teoria fazia-nos descender do macaco, mais tarde chegou-se à conclusão que tanto o macaco como o homem descendia de uma mesma espécie. Assim o macaco seria nosso irmão ou quanto muito primo.Como a ciência não nos dá verdades absolutas (ao contrário da religião, seja ela qual for) uma nova teoria que veio à luz poderá revolucionar o nosso conhecimento acerca de nós próprios.
Até agora julgava-se que o ser humano era o produto de milhões de anos de evolução. Partindo de um pequeno ser peludo que vagueava entre as pernas dos stegossaurus para escapar às mandíbulas dos velociraptors até chegar a nós, um ser sentado ao computador escrevendo umas baboseiras acerca da origem da nossa espécie. Pelo caminho ficaram ramos de hominídeos que se extinguiram, uns deixaram descendência outros ficaram por ali à espera de serem desenterrados. Sempre se acreditou na nossa evolução divergente.
A nova teoria leva-nos a concluir que afinal somos um produto da evolução convergente. Os nossos antepassados foram diversas espécies que devido a necessidades comuns evoluíram num mesmo sentido até que nós aparecemos. As nossas origens são opostas às dos tentilhões das Galapagos, esses sim evoluíram divergentemente consoante as especificidades e a concorrência.Como resultado da nossa evolução surgiu em todas as partes do mundo uma única espécie, o homo sapiens sapiens, o qual tem sempre pontos em comum onde quer que se encontre no mundo.
Assim, um canibal da Papua Nova Guiné sorri quando se prepara para comer o vizinho, tal como um presidente norte-americano sorri quando come povos inteiros em terra alheia. Um bosquimano conta pelos dedos tal como um assalariado português também o faz por cada dia 15 de cada mês. Um esquiador de férias na Suiça bate o queixo de frio tal como um sem abrigo ucraniano a curtir o Inverno frio do seu país. Um padre católico e português reclama do nosso único prémio Nobel da Literatura tal como um ayatollah iraniano manda para o inferno um escritor bengali. De onde quer que somos todos temos características que fazem de nós seres humanos, ficando desta forma comprovada a validade desta nova teoria acerca da nossa génese.

Ainda sobre as tais caricaturas...

http://freedomforegyptians.blogspot.com/2006/02/egyptian-newspaper-pictures-that.html

overdead

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Boneca virtual (não insuflável).

Habla comigo

Esta boneca diz coisas do camandro, é tão bom ouvi-la a dizer tudo o que o colectivo sempre desejou ouvir da boca de uma mulher sem ser o célebre “ Jhahh hêgaaaaa”.
Clica na foto e realiza quase todas as tuas fantasias orais.
Brinquem à vontade com a boneca Amália mas o colectivo adverte que não irá ser padrinho de nenhum(a) catraio/a nem assinará qualquer tipo de documentos relacionados com paternidade.

Era um taxi para este senhor...



"se formos rigorosos, o Código Civil permite que os homossexuais se casem, desde que seja com uma pessoa do sexo diferente"

Nuno Melo, líder parlamentar do CDS-PP
(in Visão)

management mgr

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Grandes personalidades

Abilio Bastos, o Sr. Abibas

Este homem que posa na foto, pode não o parecer, mas é um grande empresário e também um grande empreendedor. ainda vamos ouvir falar muito dele.
O senhor que vemos na foto é Abilio Bastos, empresário do ramo desportivo. Abilio, na foto, em pleno brainstorm criativo, criou a marca Abibas, a marca que segundo o próprio Abilio, vai revolucionar o mercado da moda desportiva a partir do ano 2010, até à eternidade.
O nome Abibas não surge por acaso. Às primeiras pensamos que se trata de um trocadilho com o nome do criador, Abilio Bastos, mas depois, lendo as entrelinhas, verificamos que afinal o senhor Abilio, além do trocadilho, faz uma alusão a Santo Abibas, segundo filho de Gamaliel, esse grandessissimo judeu, que como todos sabemos é lembrado a 3 de Agosto. Eu próprio, quando vou de férias na primeira quinzena de Agosto, no dia 3 rezo por santo Abibas 4 vezes ao dia, sempre depois de comer.
A Abibas já começou a produzir os primeiros uniformes desportivos. Abilio refere que a Abibas vai lançar inicialmente uma linha retro, muito à base dos brancos, da camisola de alça, de ceroula justa e sabrinas, para captar o velho espirito da ginástica. Bem como uma linha de sapatilhas de basket de 1989 como vemos na fig.2.
Abibas pumba
Abilio revelou ainda à nossa redacção que tem outros planos para a vestimenta da Abibas. Pensa fazer mesmo uma linha "Fifi" para caniches, bem como celas para cavalos, e outros adereços, ultrapassando os próprios limites da imaginação constantemente.
"O resto terá de ficar no segredo dos deuses. Neste caso... dos Santos" disse Abilio Bastos, em jeito de conclusão à nossa entrevista.
O Caga-Sentenças vai tentar a todo o custo, ser o representante oficial desta futura marca conceituada.

oitenta e três


no dia 2 de fevereiro o operário comemorou o seu 83º aniversário. e de que forma? encerrando uma colectividade (a maior da marinha) e em ambiente de festa, a direcção e alguns associados fizeram a festa num jantar privado com banda ao vivo e tudo. decidiram também fazer uma exposição colectiva com artistas locais. exposiçao essa que esteve fechada até que com alguma insistência os próprios artistas conseguiram que alguém da direcção lhes abrisse as portas por alguns momentos, sendo que fechou de novo pouco tempo depois. no dia a seguir, fui ao operário e para meu espanto estava fechada. e hoje passei lá de tarde e não estava fechada (porque a sala serve de passagem para as aulas de ballet, apenas e só).
estava a porta da sala do fundo da exposição fechada e a sala maior estava coberta de cadeiras e biombos, fazendo uma muralha transponivel facilmente, nao se percebendo sequer a sua utilidade.

ainda um facto curioso foi ver a entrevista que jacinta oliveira fez a um membro da direcção do S.O.M. (eugénio - até referindo que este era um dos fundadores do cisco). na referida entrevista, o texto recai imenso sobre um evento do cisco (overlive) em abril e pouco ou nada fala (2 linhas ou 3) sobre a exposição e o aniversário do operário.

ou há aqui lobbies ou desinteresses ou falta de organização. ou, pior que tudo, há tudo isto ao mesmo tempo.

quero aqui deixar bem claro que sou contra o facto de se fazerem exposições para estarem fechadas, não divulgadas e continuo ainda a ser contra os tachos.

amanhã deixo aqui algumas fotos da exposição, para aqueles que a gostavam de ver. aqui a exposição está sempre aberta.




segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Manifestações fazem tremer o mundo

O choque de civilizações entre o mundo cristão e o mundo muçulmano é cada vez mais evidente. Uma sucessão de acontecimentos recentes poderá colocar irremediavelmente de costas voltadas estas duas formas de ver o mundo.

Primeiro, foi o impasse diplomático causado pela recusa permanente dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido em terem vistoriadas as suas instalações de armas de destruição massiça por organizações internacionais. A preocupação dos estados é real, uma vez que estes três países têm um passado belicoso de ambições extraterritoriais e apoiam governos terroristas tais como o de Israel.
Os países da Liga Árabe, reunidos no Cairo, voltaram a apelar aos governos nacionais dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido para que as suas centrais nucleares, arsenais e fábricas de armas fossem vistoriadas. Apelaram igualmente para que acabe o apoio dado a Israel, em armas e fundos. Os governos visados têm recusado qualquer vistoria e admitem o "uso de ataques preventivos até às ultimas consequências e por todos os meios disponíveis", segundo afirmações do porta-voz do governo norte-americano que também afirmou que "irá espalhar os ideais da democracia por todo o mundo nem que seja pela força".
Mas os problemas para a Comunidade Internacional não se ficam por aqui. Cartoons publicados por um jornal libanês vieram inflamar todo o mundo ocidental. Estes, representando imagens consideradas blasfemas pelos cristãos, levaram a que milhares de pessoas se manifestassem um pouco por toda a Europa e América. Os cartoons em questão foram considerados ofensivos pelos cristãos que agora exigem um pedido de desculpas por parte do governo de Beirute e apelam ao boicote ao turismo e à banca libanesas. Fontes do Ministério da Economia do Libano fez já saber que muitos clientes ocidentais retiraram o seu dinheiro dos bancos libaneses para o colocarem na Suiça, nas Ilhas Caimão ou no Mónaco.
Ontem em Varsóvia, capital da muito católica Polónia, uma multidão queimou bandeiras do Libano e manisfestou-se com faixas com dizeres tais como "Morte aos infiéis", "Viva a superioridade ocidental" ou "Muhammads go home". Manfestações semelhantes tiveram palco em Dublin (Irlanda), Madrid (Espanha) e Roma, onde uma multidão em fúria destruiu o edifício que albergava as embaixadas do Libano, Siria e Bahrein. Felizmente todos os funcionários já tinham sido evacuados, uma vez que já se temia por reacções violentas por parte de integristas católicos organizadas pela Aliança Nacional, de Gianfranco Fini, e pela Liga Norte, de Umberto Bossi.
Nos Estados Unidos foram particularmente os fundamentalistas protestantes que se manifestaram. Em Washington, uma multidão que cercava a embaixada libanesa teve que ser dispersada com balas de borracha e canhões de água e o pessoal diplomático foi evacuado de helicóptero. O Ku Klux Klan iniciou já uma mobilização de voluntários para ir combater os muçulmanos e libertar a Terra Santa dos infiéis. Por outro lado, Louis Farrakhan, líder da Nação do Islão, refugiou-se na embaixada da Turquia onde pediu asilo político. Até ao momento desconhece-se se lhe foi concedido, no entanto é bem possível que tal aconteça.
No próprio Libano a situação é complicada. País dividido entre muçulmanos, cristãos e druzos, tem sentido com particular apreensão as divisões causadas por toda esta crise. É possível que o governo instaure o recolher obrigatório para evitar confrontos e disturbios entre as várias comunidades.
Apesar de considerar sagrado o direito de expressão, a nossa redacção abstem-se de publicar os cartoons da polémica. No entanto, podemos descrevê-los. Um representa Jesus Cristo armado de metralhadora a disparar sobre muçulmanos do topo de uma torre, outro representa a Virgem Maria escondendo debaixo das suas vestes um punhal, há também um outro que mostra Martinho Lutero a pregar um anúncio que diz "Volto já. Fui caçar uns árabes" na porta de uma igreja. Finalmente o que parece ser mais ofensivo é aquele que mostra Deus vestido de militar rodeado de arcanjos armados de metralhadoras, querubins de bazuca e serafins de espadas de luz semelhantes às da "Guerra das Estrelas", tendo como legenda "Nós temos a bomba. venham cá buscá-la." (Arroiters)

Sujeito a reboque


O governo fez aprovar o uso da pílula abortiva nos hospitais. A tal pílula que as holandesas tinham no barco e que tanta celeuma causou nos meandros mais conservadores da política portuguesa. Mas afinal o que é que mudou?
Pouco, muito pouco. Contudo, o suficiente para a padralhada, os meninos de coro do PP e outros ratos de sacristia saltarem cá para fora, todos assanhados.
A lei não mudou. A pílula só pode ser administrada nos casos previstos pela lei: violação, má formação do feto, etc, e nunca depois das nove semanas de gestação. Então porque se levanta a canalha em defesa da vida, da moral, dos bons costumes e do sagrado coração de Maria, amén? Basicamente porque já ninguém lhes ligava patavina há um ror de tempo e esta malta é como o diabo, quando não tem nada que fazer, abre o cú e apanha moscas, que é como quem diz, inventa.
Este medicamento, utilizado na maioria dos países europeus, evita o internamento, permite poupar recursos ao serviço nacional de saúde, implica menos riscos para a mulher e dispensa practicamente o acompanhamento médico, que desta forma pode-se preocupar em salvar vidas e não em proteger a "vida". Infelizmente tudo isto parece não ter importância alguma para quem defende a doutrina da direita conservadora. Para esta gente, o sofrimento da mulher nunca é suficiente mesmo no quadro penal actual.
O Dr José Ribeiro e Castro, com aquele seu ar de enfado de quem estava numa mariscada e foi interropido para participar na política do país, veio dizer que o governo anda a reboque da agenda política do PCP e do BE e eu pergunto: O que seria do CDS se não fossem as agendas políticas que incluem a despenalização do aborto? Talvez estivessem ocupados a decorar salas do palácio de Belém. Definitivamente doutor Ribeiro e Castro o senhor perdeu a viagem, empanou. Está na altura de o senhor e o seu partido apanharem o táxi para casa. Eu chamo-o, quer?

Prego a fundo

O mundo muçulmano está contra a Europa, queimam-se embaixadas e bandeiras.
Os EUA aumentam o investimento na defesa. E planeiam continuar a espalhar a "democracia".
Em Teerão aumenta o risco da bomba nuclear.
Isrealitas e Palestinianos derretem-se até ninguém restar.
Em África, a Sida e a fome estão em maioria.
Na Polónia, centenas morrem de frio.
A Terra "responde" e até já neva em Portugal, por entre 2 dedos de conversa sobre as derrotas do Benfica.

Próxima paragem?...